Agora você me odeia
Por ter conseguido um dia deixar Brest
A baía, o porto, o que resta
O vento na avenida Jean Jaurès

Eu sei que estávamos quase lá
Tínhamos terminado nossa juventude
Poderíamos ter devorado o que restava
Mesmo no meio de uma chuva

Trovão, trovão, trovão de Brest
Mas pelo amor de Deus, que a chuva pare
Trovão, trovão, trovão de Brest
Até a terra está de cabeça para baixo

O Recouvrance que abandonamos
A rua de Siam, suas noites de embriaguez
Não é por falta de cortesia
Apenas o desgaste das nuvens e de suas carícias

Isso não é um manifesto
Nem mesmo um sermão, muito menos uma missa
Mas eu tinha que desaparecer um dia
Devemos sempre proteger a espécie?

Trovão, trovão, trovão de Brest
Mas pelo amor de Deus, que a chuva pare
Trovão, trovão, trovão de Brest
Mas pelo amor de Deus, que a chuva pare

Trovão, trovão, trovão de Brest
Até a terra está de cabeça para baixo
Trovão, trovão, trovão de Brest
Isso também te perturba?

Isso também te perturba
Estas poucas cinzas que dispersamos?
Hoje, pelo menos, alguém te acalma?

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