Sim! Shh, eu amo o silêncio
Você não percebe nada, eu ouço nuances
Aprendemos mais calados do que afirmando
Idiota, se eu não digo nada é porque estou ganhando
Tempo observando
Não diga sempre o que você pensa
Sem trair o que você acredita
Se você não tem certeza, então fique quieto
Se você tem uma dúvida é porque
Não tem certeza
Você está à beira de um penhasco
A cada palavra você tropeça
Eu não gosto de caras que falam muito
Na nossa área, quando você fala muito
Geralmente você sai cedo
Uma bala a mais por uma palavra a mais
É o fim da linha, mesmo para um lapso
Você gosta de fazer ameaças
Suas palavras deixam marcas
Sua boca cospe impressões
Sua língua cava sua cova
Devagar mas com certeza
Você é imprudente porque vive sem medo
Você sabe que precisa saber quem ameaçar
Há caras que não dormem
Até que eles te derrubem
Dirigem carros roubados, eles te encontram
Eles te atropelam, te mutilam
Eles nem te insultam, mas te executam
As palavras têm peso
A inteligência serve de balança, pesa as
Analisa as causas e
Antecipa suas consequências
Falar demais é uma imprudência
Você não vai longe sem o respeito pelo silêncio

Com o respeito pelo silêncio
Nossos corações são tumbas
Caímos com nossos segredos
Os meus são os guardiões
Das minhas confidências
Elas caem no ouvido de um surdo
Isso é o respeito pelo silêncio
Nunca sem o respeito pelo silêncio
É a omertà
Os informantes são violadores da liberdade
Eu carrego o silêncio como um colete à prova de balas
Eu vi o que acontece com aqueles que falam mal

Raros são os flagrantes delitos
Um cara entra, outro procura a saída
Então ele fala, testemunha, conta os detalhes
E sua liberdade se afasta
Nenhum respeito pelo silêncio
Egoístas e hipócritas são os informantes
Se convidar para o casamento e
Fugir dos funerais, isso é feito?
Você quer compartilhar, mas nunca mergulhar?
Talvez você devesse ter pensado nisso antes
Não seja um velho tolo
Arranje um emprego se você não tem a coragem
Que vai com a pena
Não fale muito sobre sua vida no seu celular
As escutas te levam
Para a van celular
Como Avon, muitos caras
Dão um show, falam
Os policiais entram
Nos bastidores durante o intervalo eu noto
Que há aqueles que roubam para a glória
São mais faladores do que avarentos
Não concebem ficar ricos
Sem se mostrar
Diga-me com quem você fala eu
Te direi quem te entregou
A quem você confia seus projetos
Eu te direi quem te superou
Suculentos são os frutos da discrição
Quando a palavra se torna
O inimigo do progresso
Sim, a neve cai sobre os
Segredos que me foram confiados
Tão bem enterrados: eu os esqueci
Irmão, você me encontrará atrás de
Muros de vigilância
Protegido por montanhas de silêncio

Todos os cantos são os mesmos cantos
Saber falar, saber se calar
Evoluir ou estagnar no mesmo ponto
Os destinos não tomam os mesmos caminhos
Tudo vai mal, mas tudo se encontra
Fazemos as mesmas coisas, mas
Não pelas mesmas necessidades
Nem tudo é duro, nem tudo é rosa
Nem tudo cumpre a palavra
Nem tudo se diz, nem tudo gira bem
Todo mundo quer ter um maldito cromo
Todo mundo quer saber tudo
Sobre todo mundo
Todo mundo quer sua pequena comissão
O canto vive de silêncio
O amor morre: você sabe?
A verdade se apagou
Até nosso silêncio se calou
Vigie suas costas, necessidade sem lei
Abra a boca ou fique sem voz
O mundo vai girar mesmo sem você
Para todas as crianças que
Fascinam e perturbam
A vida inteira nas asas
Essas crianças não são como as outras que
Falam pouco e provam
O mundo é o que é
Eles são o que são e o que fazem
É assunto deles
Uma palavra de ouro e silêncios
Que dizem muito, nós somos do tipo que
Ignora aqueles que são chatos
Ouça aqueles que recarregam
Compartilhe a dor daqueles que sofrem
Sim, vivemos ao ritmo que o canto toca
Fale com a mão na frente da boca
Como os mafiosos
Porque os segredos pesados temem o dia
Quem é quem? Quem faz o quê? Não contamos
Quem não faz nada não erra
Nunca se esqueça: em questão de família
Não contamos
Ande conosco ou mantenha sua distância
Não fale sobre nossa época
O que acreditamos e sabemos
O que o respeito pelo silêncio custa

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