Fiz audições
Por quase toda Paris
Todos souberam que eu estava bêbado
De carne e aguardente
Mergulhei no vazio
Vermelho pelo sublime
Do verão que se embriaga
De corpos e proibições
Tive semanas
Jogando de porto em porto
Fazendo amor, de cidade em vazio
Com sexos quase mortos
Tudo isso para que no final
Eu me encontre à beira
Do outono que se afina
E me deixa sem mesmo

Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém para o inverno
Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém

Fiz viver um inferno
Para aqueles que pensavam me agradar
É verão para sempre
Eu faço ondas nos corações
Eu reconto, muito orgulhoso
A quantidade de luzes vermelhas
Que eu passei muitas vezes
Para aqueles que brilhavam de amor
Tive queimaduras de sol
Troquei vermelhidão por ouro
Mergulhando minha cama em suor
Oh, é o verão que molha
Já a mudança de horário
E agora todo mundo dorme
Eu me encontro encolhido
Sob meus lençóis, sem mesmo

Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém para o inverno
Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém

No entanto, eu tinha colocado minha blusa
Ajustado como sempre o necessário
Coloquei duas ou três velas para dar a impressão
Que seríamos lindos, que seríamos
Eu tinha suavizado minha sombra de olhos
Tudo o que poderia nos satisfazer
Coloquei dois ou três adornos para te agradar
Que seríamos orgulhosos, que seríamos
No entanto, eu tinha colocado todos os meus problemas
De lado e abençoado nossas pernas no ar
Na confusão de corações que se perdem
Que seríamos lindos, que seríamos
Eu tinha especialmente jogado fora o efêmero
O calor que guardamos dessas zonas balneares
Tudo o que poderia me satisfazer
Que seríamos loucos, que seríamos

Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém, ninguém
Ninguém, ninguém, ninguém
Para o inverno

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