Translation of Infidèles destriers from French to Portuguese
Seu sonho de garanhões nunca é de ontem
Elas fazem suas primeiras tranças em uma crina
Tudo começa com bonecas de plástico
Meu pequeno pônei, leve-me ao país mágico
As paredes do quarto estavam cobertas de imagens
Elas se perdiam por horas diante desses equídeos sem idade
Elas falavam de paixão e seus pais seguiam
Elas tinham ambição, eles o dinheiro
Grandes cavalgadas em planícies indianas
Noites ao redor do fogo onde as lendas as levam
Criadas ao ar livre nas tardes de quarta-feira
As meninas que andam a cavalo nunca caem longe do ninho
Vamos, vamos, joguem seus chicotes, senhoras
Entrem na multidão que se inflama e
E pela primeira vez ousem o cavaleiro
Ao diabo, seus infiéis corcéis
Vamos, joguem seus chicotes, senhoras
Entrem na multidão que se inflama
Pela primeira vez ousem o cavaleiro
Ao diabo seus infiéis corcéis
Elas gostariam de crescer, mas permanecem adolescentes
E do pônei ao garanhão, sobem apenas um pouco mais alto
Com o pé no estribo, elas afastam o horizonte
Galopam com seus ares altivos e serão fiéis de verdade
E da bomba às botas, se soltam suavemente
Juntas, logo verão passar os vinte anos
Quando um belo dia a bela e a fera se tornam um só
Entre a escova e o chicote, saciaram sua fome
E raros são os noivados para essas meninas na sela
Que os cowboys de Longchamp durmam tranquilos
E já longe o tempo em que giravam no carrossel
As meninas que andam a cavalo um dia cairão na armadilha
Vamos, joguem seus chicotes, senhoras
Entrem na multidão que se inflama
Pela primeira vez ousem o cavaleiro
Ao diabo seus infiéis corcéis
Será que são elas ou a paisagem que passa?
Nos apegamos um pouco mais até ficarmos imóveis
Elas amam os homens, mas acordam um pouco tarde
E se sentem velhas quando os bons cavalos se tornam raros
Uma bela manhã, hesitam um pouco ao calçar suas luvas
Um médico lhes disse que nunca teriam filhos
Elas trocarão de montaria para uma fuga sem saída
Mas já faz muito tempo que não são mais esperadas
Elas soarão o alarme na perda do último
E derramarão suas lágrimas ao deixar os estribos
Então elas ficam lá e bebem a noite tranquila
Desses belos dias a cavalo como elas se esvaem
Vamos, vamos senhoras, deixem cair seus estribos
Vamos, vamos, ainda há cavaleiros lá
Você, senhora ao fundo, não
Sim, você, senhora ao fundo, não, sim
Vamos, joguem seus chicotes, senhoras
Entrem na multidão que se inflama
Pela primeira vez ousem o cavaleiro
Ao diabo seus infiéis corcéis