Desbotadas, as mensagens do céu
As evidências, desbotadas ao sol
Desbotado, o vermelho sangue do inferno
O Éden, um pouco menos puro, um pouco menos claro
Sujado, manchado, o branco dos estandartes
Queimado o verde, persistente da esperança
A serenidade das pessoas que acreditam
Esse descanso da alma que a fé proporcionava

Organizados, os caminhos bem sinalizados
Abandonados, os ídolos e grandes timoneiros
Os slogans que gritamos a plenos pulmões
Sem a sombra, a sombra de uma hesitação
Televisadas, as mais belas histórias
Manchados, os bons, perturbadores, os maus
Os diabos não são mais realmente negros
Nem os brancos absolutamente inocentes

Esquecidas, esquecidas
Desbotadas, nossos sábios anos, programados
Entre cinza claro e cinza escuro

Roteirizadas, as histórias de amor
Todos os "nunca", os "jurados", os "sempre"
Longa e cheia de obstáculos é a estrada
Da sagrada pesquisa e da audiência
Psiquiatrizada, a amizade dos romances
Aquela dos juramentos, dos irmãos de sangue
Os belos ódios que queimavam o coração
Controlados através de um marca-passo

Esquecidas, esquecidas
Desbotadas, nossos sábios anos, programados
Entre cinza claro e cinza escuro

Esquecidas, esquecidas
Desbotadas, nossos sábios anos, programados
Entre cinza claro e cinza escuro

Desbotadas, as mensagens do céu, programadas
Entre cinza claro e cinza escuro
As evidências, desbotadas ao sol, prisioneiro
Entre cinza claro e cinza escuro
Sujado, o branco dos estandartes, preso
Entre cinza claro e cinza escuro
Queimado o verde, persistente da esperança, programadas
Entre cinza claro e cinza escuro

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