Na luz incandescente
Das pequenas manhãs de novembro
Onde até o céu nos abandona
Onde tudo se desfaz e gira em círculos
Eu tanto joguei, eu tanto cantei
De funerais a salões de chá
Todos os rostos me voltam à mente
Só isso é real, só isso se mantém

Tudo desaparece, e tudo se apaga
Tudo retorna
Tudo se abraça e tudo se torna
O tempo dos homens em suspensão até amanhã
E que os outros me perdoem
Eu menti demais, eu agi demais como
Como se nada tivesse acontecido

Eles desaparecem nos ventos
A corrida louca do tempo
Nossas inúmeras vidas, no entanto
Nós dissemos "é para sempre"
Mas tudo acaba, e tudo se apaga
Tudo retorna

Das cinzas à Terra devorada
Mas não importa, devemos até sonhar
Não temos escolha, temos que nos animar
Acender as luzes, iluminar-nos
Desaparecer, eu não sei

E para enganar a Via Láctea
Mesmo que esteja acabado, mesmo que saibamos
Que mais cedo ou mais tarde, temos que deixar
O palco, venha, nós nos amamos

Na luz incandescente
Das pequenas manhãs de novembro
Onde até o céu nos abandona
Onde tudo se desfaz e gira em círculos
Tudo desaparece, e tudo se apaga
Tudo retorna
Tudo se abraça e tudo se torna
Bom

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