Ei yo Skalp, eu queria dizer que a tua produção é rap
É verdadeiro maldito rap

Eu faço rap sobre as celas de Nanterre, os irmãos que enterramos
Os tiros, a maconha, a arma na têmpora
Árabe, eu faço rap com as mãos para o ar
Eu faço rap sobre o meu passado, a minha experiência, os irmãos presos
Todas as famílias no fundo do poço, em dois anos e meio eu faço rap em maldita roda
Eu faço rap sobre as descidas, as grandes buscas e os irmãos sem misericórdia
No gueto, a cocaína no nariz dos irmãos, eu faço rap para os esportes de inverno
Eu faço rap sobre o meu sucesso, as minhas derrotas, o zénite, a sala de festas
Eu faço rap de coração para coração, eu faço rap de cabeça a cabeça
Nunca reconciliado, barras serradas, canhão serrado
Ei, ei, ei, é Fouiny Baby, não esquecer
Eu faço rap sobre as lágrimas do meu pai, o sorriso do meu banqueiro
Em memória da minha mãe, vou fazer todos pagarem
Han, noventa e quatro é o Barça
Como diz o amigo Kery, setenta e oito é a Síria (é a Síria)

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Eu faço rap sobre os meus pensamentos, a minha fúria, o meu estábulo, as matanças
As barras de Baumettes, os lançamentos de yoyo de Fleury
Eu faço rap sobre a infelicidade dos meus próximos, também para encher os meus bolsos
Eu faço rap para os abandonados pelo estado, que estão cheios de reprovações
Os meus irmãos que seguram o pavimento, aqueles que nunca babaram
Eu faço rap para aqueles no fundo da encosta que têm muitos desafios a enfrentar
Eu faço rap para Bagneux e seus habitantes, nove-zero-dois residentes
O que conta é o fim do jogo, não o placar no intervalo
Eu faço rap para todos aqueles que se dão ao trabalho de me ouvir
Para vocês, eu me esforço, tento fazer versos pesados
Eu faço rap para marcar as mentes, tudo o que eu vivo eu descrevo
Só posso ver as coisas em grande, não há mais pequenos como aqui
Eu faço rap para os bons vivants, eu faço rap para as vans celulares
Eu faço rap para as pessoas conscientes e aquelas que não têm o formulário
Mesmo que seja agora que eu mordo, não posso mudar de rumo
Posso colocar a minha voz no Pop, os teus MCs sabem que eu faço rap

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Eu faço rap para aqueles na cela, o coração preso no bairro
Entre os polícias e eu a corrente não passa, eles só me atingiram com o taser
Eu faço rap para aqueles que vendem cocaína, maconha ou ódio
Se não há mais balas no carregador, nós te batemos com a arma
Uma raiva infantil, eu faço rap, eu não tenho um centavo
Eu sou o rapper que tem fome, então os prisioneiros me alimentam
Descendente de escravo, eu sei que o Estado nos leva para um passeio
Não me fale do pai ou eu vou chorar como Sakho
Punchlineur eclipse, eu faço rap para a lua e o sol
Um amigo que foge quando se atira é uma amizade que se engasga
Eu faço rap desde o início e eu sei que para eles é o fim
Eu sou Bondy, Grigny, Vini é o pequeno de Fouiny
Eu faço rap, estou sob escuta, no meu flow há reverb
Quando a minha vida não tiver mais gasolina, eu me pergunto o que a morte me reserva
(Eu me pergunto o que a morte me reserva)

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Quando a rua escreve, Fouiny Babe faz rap
Quando a rua escreve, Baby faz rap
Quando a rua escreve, Soultouane faz rap
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

Vivemos como Marlo, morremos como Tupac
Vivemos como Marlo, morremos como Tupac

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