Meu canto traz a esperança de um povo
Que lavra a terra, planta o trigo e colhe o pão...
Meu canto traz junto aos tentos dos arreios
Lotes de anseios em fraterna comunhão...
Somos assim... crescemos livres como o pasto
Deixamos rastros de vindouras semeaduras.
Somos canduras de um tempo que guarda a ânsia,
Por ser estância somos fundões e planuras.
É o canto índio que resplandece o que somos,
Pois nossos sonhos sentam recaus no passado...
Nobre legado de transcender em poesia
A geografia e a história do nosso pago.
Somos a sanga serpentiando campo a fora
Lumes de aurora no aço das garroneiras...
Basto e basteira no lombo de um orelhano,
Somos tutano, cernes duro de aroeira...
Somos o vento que valseia e cantarola.
Uva e amora, mel das pitangas costeiras...
Flores rasteiras de algum jardim nativo,
Ferro de estribo onde “empulera” as potreiras!
Meu canto traz a esperança de um povo
Que lavra a terra, planta o trigo e colhe o pão...
Meu canto traz junto aos tentos dos arreios
Lotes de anseios em fraterna comunhão...
É o canto índio que resplandece o que somos,
Pois nossos sonhos sentam recaus no passado...
Nobre legado de transcender em poesia
A geografia e a história do nosso pago.