O argumento se esgota
E a metodologia
Toda vez que sua anatomia
Aparece diante de mim

Porque este amor já não entende
De conselhos, nem razões
Se alimenta de pretextos
E lhe faltam calças
Este amor não me permite
Estar de pé
Porque até já quebrou
Meus calcanhares
Mesmo que eu me levante, vou cair novamente
Se você se aproxima, nada é útil
Para esta inútil

Bruta, cega, surda-muda
Desajeitada, trapalhona e teimosa
É tudo o que tenho sido
Por você me transformei
Em algo que não faz
Nada mais do que te amar
Penso em você dia e noite
E não sei como te esquecer
Quantas vezes tentei
Te enterrar na minha memória
E mesmo que eu diga nunca mais
É a mesma história novamente
Porque este amor sempre sabe
Me fazer respirar fundo
Já me traz pela esquerda
E em briga com o mundo

Se eu pudesse me exorcizar da sua voz
Se eu pudesse escapar do seu nome
Se eu pudesse arrancar meu coração
E me esconder para não me sentir
Novamente

Bruta, cega, surda-muda
Desajeitada, trapalhona e teimosa
É tudo o que tenho sido
Por você me transformei
Em algo que não faz
Nada mais do que te amar
Penso em você dia e noite
E não sei como te esquecer

Olheiras, magra, feia desgrenhada
Desajeitada, tonta, lenta, néscia, desequilibrada
Completamente descontrolada
Você percebe e não me diz nada
Minha cabeça se tornou
Um ninho
Onde apenas você tem asilo
E você não me ouve o que eu digo
Olhe bem o que vai fazer comigo

Bruta, cega, surda-muda
Desajeitada, trapalhona e teimosa
É tudo o que tenho sido
Por você me transformei
Em algo que não faz
Nada mais do que te amar
Penso em você dia e noite
E não sei como te esquecer

Bruta, cega, surda-muda
Desajeitada, trapalhona e teimosa
É tudo o que tenho sido
Por você me transformei
Em algo que não faz
Nada mais do que te amar
Penso em você dia e noite
E não sei como te esquecer

Bruta, cega, surda-muda
Desajeitada, trapalhona e teimosa
É tudo o que tenho sido
Por você me transformei
Em algo que não faz
Nada mais do que te amar
Penso em você dia e noite
E não sei como te esquecer

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