Arrastando-me na praça
Sem acreditar nisso
Eu ando sem ver nada
Guiado pelos meus pesadelos
Como a noite é tão lenta
Sinto-me como uma criança dos velhos tempos
Eu abraço a casca do meu baço
Apesar do seu tronco cercado de espinhos
As malas sob os olhos
São a prova de que eu estava melhor em dois

Sem mais encenações
Os cenários se sucedem
Condenado a te amar
Vou me virar
Sem mais encenações
Os cenários se sucedem
Condenado a te amar
Vou me virar

Escrevo-te uma canção de amor
Esquecer-te sorrindo
Eu saio como um ladrão
Perseguido pelos meus tormentos

Preciso de ti, como um sem-abrigo
Porque tu és a minha casa, jardim desflorado
Era melhor antes, quando eu te seduzia
Sonho mais com Satanás, do que com os traços de Afrodite
Lanço frases ao ar
Que não caem de pé
Escondi todas as minhas tristezas
É Pandora que tem a caixa
Lembra-te das nossas filosofias no boudoir
Quando não nos amávamos apenas com o olhar
E que nossos corpos queimavam como Ícaro
Sorrindo, sei sofrer em silêncio
Um perde o seu par, o outro vai para o inferno
Dizem-me "está tudo na tua cabeça, vai festejar"
Mas não tenho mais ajuda
Oh, a vida é feia
Oh, a vida é feia
Eu te amo, mas tu não sabes mais
Sei que sou um excedente
Esqueço-te por todos os meios
Oh não, já é amanhã

Sem mais encenações
Os cenários se sucedem
Condenado a te amar
Vou me virar
Sem mais encenações
Os cenários se sucedem
Condenado a te amar
Vou me virar

Escrevo-te uma canção de amor
Esquecer-te sorrindo
Eu saio como um ladrão
Perseguido pelos meus tormentos
Escrevo-te uma canção de amor
Esquecer-te sorrindo
Eu saio como um ladrão
Perseguido pelos meus tormentos
Escrevo-te uma canção de amor
Esquecer-te sorrindo
Eu saio como um ladrão
Perseguido pelos meus tormentos
Escrevo-te uma canção de amor
Esquecer-te sorrindo

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