(Cada rap é um estória, né) eu sempre fui sonhador
(É o que me trouxe até aqui)
(Cada história, uma esperança, onde há esperança, há fé)
(Onde há fé, há esperança)
(Onde está a sua fé, guerreiro)
(Onde está a sua fé, São Paulo)
(Ê, porque eu sempre fui sonhador)

É necessário sempre acreditar que um sonho é possível
E o céu é o limite e você truta é imbatível
E o tempo ruim vai passar, é só uma fase
E o sofrimento alimenta mais a sua coragem (a sua coragem)
Que a sua família precisa de você
Lado à lado 'cê ganhar pra te apoiar se perder
Falo do amor entre homem, filho e mulher
A única verdade universal que mantém a fé
Olhe as criança', que é o futuro e a esperança

Que ainda não conhece', não sente o que é ódio e ganância
Eu vejo o rico que teme perder a fortuna
Enquanto o mano desempregado, viciado se afunda (viciado se afunda)
Falo do enfermo irmão, falo do são, então
Falo da rua que pra esse louco mundão
E o caminho da cura pode ser a doença
E o caminho do perdão às vezes é a sentença
Desavença, treta e falsa união

A ambição é como um véu que cega os irmão'
Que nem um carro guiado na estrada da vida
Sem farol no deserto da trevas perdida
Eu fui orgia, ego louco, mas hoje ando sóbrio
Guardo o revólver quando você me fala em ódio
Eu vejo o corpo, a mente, a alma, o espírito

Ouço o refém que diz lá no ponto lírico
Falo do cérebro e do coração (e do coração)
Vejo egoísmo preconceito de irmão pra irmão
A vida não é o problema é batalha, desafio
Cada obstáculo é uma lição, eu anuncio

É isso aí, você não pode parar (e aí, São Paulo)
E esperar o tempo ruim vir te abraçar
Acreditar que sonhar sempre é preciso (São Paulo)
É o que mantém os irmãos vivos

Várias família', vários barraco'
Uma mina grávida
E o mano 'tá lá trancafiado
Ele sonha na direta com a liberdade
Ele sonha em um dia voltar pra rua longe da maldade
Na cidade grande é assim
Você espera tempo bom e o que vem é só tempo ruim
No esporte, no boxe, ou no futebol alguém

Sonhando com uma medalha o seu lugar ao sol porém
Fazer o quê? Se o maluco não estudou
Quinhentos anos de Brasil e o Brasil aqui nada mudou
Desesperou aí, cena do louco
Invadiu o mercado, farinhado, armado e mais um pouco (bom, heim)
Isso é reflexo da nossa atualidade
Esse é o espelho derradeiro da realidade
Não é areia, conversa, chaveco

Porque eu quase, é abrir um boteco
Ser empresário, não dá, estudar, nem pensar
Tem que trampar, ripar pros irmãos sustentar
Ser criminoso aqui é bem mais prático
Rápido, sádico, ou simplesmente esquema tático
Será extinto ou consciência?
Viver entre o sonho e a merda da sobrevivência

Yeah (e aí, São Paulo?)

(Yeah, yeah) oh
Mantenha-se vivo (energia, progresso, prosperidade pra nós)
Mantenha-se vivo (sempre em frente, guerreiro)
Mantenha-se vivo (sempre em frente)
(Alright) oh, oh, oh, oh

Conheci o paraíso e eu conheço o inferno
Vi Jesus de calça bege e o diabo vestido de terno
O mundo moderno
Felicidades que embaraçam
Conheci o paraíso e eu conheço o inferno
Vi Jesus de calça bege e o diabo vestido de terno
Mundo moderno, as pessoas não se
Ao contrário, se calam, se pisam, se traem, se matam
Embaralho as cartas da inveja e da traição
Copa, ouro e uma espada na mão
O que é bom é pra si e o que sobra é do outro
Que nem o sol que aquece, mas também apodrece, esgoto
É muito louco olhar as pessoas
A atitude do mal influência a minoria boa
Morrer à toa, que mais (que mais)
Matar à toa, que mais (que mais)
Ir presa à toa, sonhando com uma fita boa
A vida voa e o futuro pega
Quem se firmou, falou
Quem não ganhou, o jogo entrega

Mais um queda em vários milhões
Da mais rica metrópole, suas varias contradições
É incontável, inaceitável, implacável, inevitável
Ver o lado miserável
Se sujeitando com migalhas, favores
Se esquivando entre noite de medo e horrores
Qual é a fita, a treta, a cena
A gente reza, foge, continua sempre os mesmo problemas
Mulher e dinheiro 'tá sempre envolvido
Vaidade, ambição, munição pra criar inimigo

Desde o povo antigo foi sempre assim
Quem não se lembra que Abel foi morto por Caim
Enfim, quero vencer sem pilantrar com ninguém
Quero dinheiro sem pisar na cabeça de alguém
O certo é o certo na guerra ou na paz
Se for um sonho não me acorde nunca mais
Roleta russa, quanto custa engatilhar?
Eu pago o dobro pra você em mim acreditar

(Trouxe um cara que veio te ver aí, Edinho)
(Malandro veio te ver aí, doidão)
(Aí, doidão, mano veio te ver, aí, dar um ideia ni' você aí, certo)
(Mano veio ali de pertinho, ali só pra te ver)
(Carlos da Fé, senhoras e senhores)
(A escola do soul, do uísque brasileiro)
(Um diamante, que está entre nós)
(Aqui, veio prestigiar, humildemente o Racionais)
(Muito obrigado)
(Carlos da Fé está entre nós, muito obrigado, Senhor)
(Carlos da Fé)

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