Ouço um Cielito ecoando, nos Campos de Viamão,
Onde nasceu, medio al campo... Gaúcho por devoção!...
Entrou, Uruguay adentro, buscando revolução...
E se quedou pela história, nos cuentos da tradição!

Em Acencio deu seu grito – bradando por liberdade...
Caudilho, cruzando o Prata – fez da pátria a sua verdade!...
Não tinha patrão, nem dono... Não temia esses gigantes:
Quem libertou o Uruguay nasceu aqui no Rio Grande!

Foi Perico – um Farroupilha... Foi Perico – el Bailarín!...
Ninguém dançou mais que ele... Afirmo, sem medo – sim!
Foi Perico – um Farroupilha... Foi Perico – el Bailarín!...
Ninguém dançou mais que ele... Flutuando, igual querubim!!!

Até parece mentira, mas foi na Banda Oriental
Que vestiu junto a suas botas um par de “pernas-de-pau”!...
Sapateou, floreou a pampa... Como não fizeram igual...
– Não haverá outro Perico, neste plano universal!

Pois assim o batizaram, deixando Pedro de lado...
Era o centro do universo num Pericón figurado!...
Lenços azuis – pelos ares... Lenços brancos – pela paz...
– O que deixou de legado nenhum mais será capaz!!!