Eles podiam alimentá-los
Até mesmo dar-lhes um nome
Treiná-los para servir
Limpar as casas

Eles tinham todos os direitos
Ensinar-lhes a contar
E se fossem dóceis
Ajoelhar-se para rezar

Mas nunca
Ensinar-lhes a ler
Não, nunca, nunca
Cadernos para escrever
Nunca as palavras do futuro
Nunca, nunca
Livros que libertam

Ei irmãs, ei irmãos
Ei irmãs, ei irmãos

Eles podiam puni-los
Ou até mesmo abusar deles
Bater neles, revendê-los
Ou até mesmo emprestá-los

Acorrentar, humilhar
Impedir de existir
Prisioneiros de suas terras
Eles os deixavam cantar

Mas nunca
Ensinar-lhes a ler
Não, nunca, nunca
Cadernos para escrever
(Nunca as palavras do futuro)
(Nunca, nunca)
(Livros que libertam)

Ei irmãs, ei irmãos

Que uma criança saiba ler e é o começo do fim deles
Nada resiste a uma escola, um pergaminho
De página em página, um outro mundo se desenha
Uma arma de emancipação massiva

(Para sempre)
(Cadernos para escrever)
(Para sempre, nunca)
(Livros que libertam)
(Para sempre)
(As palavras do futuro)
(Para sempre, nunca)
(Livros que libertam)

(Ei irmãs)
(Ei irmãos) (para sempre, nunca)
(Ei irmãs) para sempre as palavras do futuro
(Ei irmãos) para sempre, nunca livros que libertam
(Ei irmãs) para sempre cadernos para escrever
(Ei irmãos) para sempre, nunca livros que libertam

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