Meu avô morava em uma pequena caravana
Com minha avó
Minha avó era linda como o dia, naquela época
E ela ainda é
Quando pequeno, eu estava convencido de que ela se tornaria centenária
Ela cozinhava com o vestido ao contrário
Para não se sujar com o molho que acabara de fazer

Meu vovô era meio relaxado com essas coisas
Mas esclarecido em outras
Principalmente pela TV, sempre ligada
Que cantava suas mesmas notas falsas o dia todo
Ele gostava de inventar histórias
Que nos contava à noite com minhas irmãs
Sentado na longa cadeira onde, quando ele se levantava
Eu podia ler o "bud" escrito no interior
Então, na verdade, eu nunca lia
Visto que ele nunca se levantava
E que eu podia ouvi-lo por horas

Sempre me lembrarei do cheiro das almôndegas da vovó
Meu avô que gritava
Mesmo que todo mundo soubesse que não havia ninguém mais gentil
Era um pequeno paraíso que dava para um rio
A água corria a uma velocidade que, se colocássemos um tijolo
A correnteza o faria nadar
Havia até um pequeno caminho escondido
Onde eu ia me esconder só para me esconder
Eu tinha medo de uma única coisa
Eram os crocodilos que nadavam
Quando ele não estava lá
Os mesmos que em sua história no Indiana
Embora ele nunca tenha ido ao Indiana

Ele tinha uma Vespa muito bonita, uma 125
Às vezes, subíamos nela
Eu, minha irmã Lou e minha outra, Clara
No dia seguinte, eu pescava com ele
Na esperança de ver aqueles crocodilos novamente
Ele me contava que eram três
Que um deles tinha o olho furado pelo papai, então eu não nadava
Se você não vê víboras, é porque elas estão bem perto
Caso contrário, sou eu que as faço ir embora
Para você, para que você possa nadar
No rio onde eu parti

Não, não os preocupe
Os crocodilos cuidarão de você
Oh, não se aproxime deles
Sou eu que cuidarei de você

Deitado

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