Do meu berço, eu ouço, eu sinto
O perfume e o rumor de uma tristeza
Meu universo parecia inocente
A lua era uma testemunha solitária
Passei mais uma noite sem cor
Com aversão às minhas memórias em bigorna
Preparando-me para entrar na escuridão
Eu me pensava através da névoa
Morpheus me abandonou, sozinho em quarentena comigo mesmo
Mas a chuva bate, devo sair? Que dilema
O frio me acariciava quando as lágrimas pesavam
Tendendo à eclipse, eu só pensava em deixar tudo
Eu quero fugir do passado
As gotas de água no meu corpo
Desertar o prato da minha cama
O bom tempo é a chuva
Cercada pela noite, oh sim
O bom tempo é a chuva
Cercada pela noite, oh sim
Pela janela meio aberta
Uma corrente de ar deslizou para me suavizar
Uma falta de inspiração que me sufocava
Fez minha pena cair, tirando um suspiro
Eu me sentia inimigo do sono
Fechando os olhos, abrindo-me para ilusões
Fui seduzido por conselhos úmidos
Um pé no chão, é a emancipação
Sem chuva, minha mente murcha, sem barulho, os gritos se afastam
Os postes de luz gritavam chamas
Eu saí um pouco tarde demais, eram quinze para as cinco
O cansaço atacava meu olhar
Eu quero fugir do passado
As gotas de água no meu corpo
Desertar o prato da minha cama
O bom tempo é a chuva
Cercada pela noite, oh sim
O bom tempo é a chuva
Cercada pela noite, oh sim
O bom tempo é a chuva
Cercada pela noite, oh sim
Eu quero fugir do passado
As gotas de água no meu corpo
Desertar o prato da minha cama
O bom tempo é a chuva

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