Eu sou físico
Mas também político
Um corpo sólido
Imerso em um líquido
Eu sou rítmico
Mas também melódico
Um corpo líquido
Imerso em um sólido

Eu sou físico lógico fisiológico
Neste mundo digital não encontro um fio lógico
Como o poeta tem razão quem é feliz
Mas não se diz tão acostumado às máquinas
Que não sei mais fazer um mais um sem calculadora
A mente constrói
A mão que destrói
Uma lei igual para todos

O tempo nos escapa
Ninguém sabe o limite
Ninguém sabe o fim
Eu sou físico
Mas também político
Um corpo sólido
Imerso em um líquido
Eu sou mítico

Um fato histórico
Um corpo em equilíbrio
No fio lógico
Eu sou rítmico bestial como o físico a dor vende
Te pega como a chuva quando cai
Você tem que aprender a perder
Para manter o tempo na Itália você tem que aprender a perder tempo
Não sou eu que escrevo as rimas elas me procuram giram em círculo

Se você não as ouve, espere um momento
Que eu as fundo como ouro
Estilo líquido flui
Mil paranoias também desaparecerão
Ninguém sabe o limite
Ninguém sabe o fim
Eu sou físico
Mas também político

Um corpo sólido
Imerso em um líquido
Eu sou eufórico
Mas melancólico
Um corpo místico
Com o lado cômico
A beleza está no meio, mas o que começa termina
Como esta peça, como esta noite
Esperando por você sozinho

Esperando o sol
Olhando para meninas sozinhas
Giro, miro, atiro, disparo palavras
Tenho dotes canoros
Da indústria musical que nos empurra como carrinhos de mão
Os pensamentos que se encaixam com estas rimas
Entre o sonho e a realidade ninguém sabe o fim
Onde está o limite

Ninguém sabe o limite
Ninguém sabe o fim
Eu sou físico
Mas também político
Um corpo sólido
Imerso em um líquido
Eu sou rítmico
Mas também melódico

Um corpo líquido
Imerso em um sólido
Físico físico físico
Mítico mítico mítico
Sólido sólido sólido
Líquido líquido líquido
Eu sou físico

Físico físico físico
Mas também político
Mítico mítico mítico
Um corpo sólido
Sólido sólido sólido
Imerso em um líquido
Líquido líquido líquido

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