Flor singela de tapera
Que o campo guarda seu sumo.
Jujo bueno que tempera
O gosto deste meu fumo.

Reacendida em braseiro
Presa na palha lambida.
Para adoçar o palheiro
Das amarguras da vida.

Por isso quando tragueio
Este baio sem encilha
Eu fico mascando o freio
Saboreando a figueirilha.
E dou cancha pra os floreios
Que a Alma desapresilha.
Horas calmas que mateio
Na sombra da coronilha.

A fumaça em reboleira
Encharuta meus queixumes
Que até a Flor da corticeira
Fica rubra de ciúmes.

Vendo a essência de rama
-raíz que a terra aprisiona-
Se desprendendo da grama
Nas asas de seu aroma.

E mais alta que as pitangas
A figueirilha rasteira
Sai do chão e cruza a sanga
Numa tragada campeira