Sentes os olhares dele te lisonjeando
Vês as tuas bochechas corarem
Não estás imune
Ao sorriso dele

Vês ele a rondar-te
Tentas escapar-lhe
Mas o seu pequeno ar de glamour
Não sai mais dos teus pensamentos

Sentes ele a percorrer o teu coração
E sem dizer uma palavra, olhas para ele
Mas não vês a minha dor
Quero chorar, mas contenho-me

Mesmo que esperasse
Que saíssem dos meus olhos
Quatro ou cinco qualidades
Para tornar o teu mundo mais azul

De que adianta resistir
A esta névoa infernal
Onde desde então estou afogado
Onde ponho a cabeça no ar

Mas ainda acredito
Não me deixo morrer
Mesmo até à minha morte
Em busca do teu sorriso
E ainda acredito
No meu corpo, a minha própria prisão
E mesmo que saia
Não será uma razão
Para continuar a acreditar

Só de te imaginar
Nos braços dele, entorpecida
Oh não, só de pensar nisso
Não durmo mais à noite

Mas não me deixes sofrer mais
Oh, acaba comigo então
Prefiro morrer
Para que a estrada seja menos longa

Mas sei que ele está lá
E talvez seja minha culpa
Continuo a aguentar
Mais um soluço e eu salto

Mas ainda acredito
Não me deixo morrer
Mesmo até à minha morte
Em busca do teu sorriso
E ainda acredito
No meu corpo, a minha própria prisão
E mesmo que saia
Não será uma razão
Para continuar a acreditar

Não vês os meus olhos
Sangrando como mil artérias
Não vês os céus
Nublados pela minha raiva

Na verdade, não vês nada
Apenas o azul dos olhos dele
Está demasiado escuro nos meus
Mas faço o que posso

Mas ainda acredito
Não me deixo morrer
Mesmo até à minha morte
Em busca do teu sorriso
E ainda acredito, ainda acredito
Nos fantasmas das nossas memórias
E mesmo que estejam errados
Nada poderá destruí-los
Ainda acredito

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