Há a idade que nos dão
E aquela que nos emprestam
Há a idade dos nossos corpos
E aquela nas nossas cabeças
Há pessoas que dormem na rua
E eu, e eu, na minha janela
Convencido do meu triste destino
Não termino meu prato

E eu, essa vida, acreditei que um dia
Eu iria conhecer o propósito
É só que é preciso se armar de amor
Como todos esses filhos de bruta
Parece que o inferno são os outros
Mas o meu vem de dentro
É preciso apagar o fogo nas minhas costelas
Mesmo que tenha que afogar meu coração

Na água do céu
Na água da vida
Na água sanitária
Na água da chuva
A vida é bela
O tempo foge
A gente mal aproveita
E já acabou

La-la-la, la-la-la
La-la-la-la-la-la-la

Para construir uma vida cor-de-rosa
Há coisas que levam tempo
Há o tempo que leva essas coisas
Às quais nos apegamos cruelmente
E já que o inferno são os outros
Que o meu vem de dentro
É preciso apagar o fogo nas minhas costelas
Mesmo que tenha que afogar meu coração

Na água do céu
Na água da vida
Na água sanitária
Na água da chuva
A vida é bela
O tempo foge
A gente mal aproveita
E já acabou

Será que alguém pagará um dia
O preço de toda a minha solidão?
Tudo o que fiz foi por amor
Mesmo que esta vida seja uma bruta
Eu aprenderia a me alegrar, com certeza
Do tempo que esta vida me deixa
Em vez de chorar o tempo perdido
Eu regaria o que resta

Na água do céu
Na água da vida
Na água sanitária
Na água da chuva
A vida é bela
O tempo foge
A gente mal aproveita
E já acabou

Na água do céu
Na água de rosas
Na água de tudo o que você me propõe
Eu passo minha mão no seu cabelo
Meu inferno se apaga
Na água dos seus olhos

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