Sei que você está com calor, que o verão foi crescendo
Deixo-te o meu colírio para tratar os teus olhos sem água
Alimentar este coração árido com um pouco de saliva
E um toque de melo

Prometo-te, sem raiva, não vais mais me ver reter
Todos os fluidos que tenho em estoque
As lágrimas de dificuldade
Cuspo-te os meus esforços que escorrem como safiras
No teu corpo ainda amargo

Quando te beijo, sinto a ternura
Que se espalha e se cospe
Nas efusões lascivas das nossas salivas
Até ficar enojado
Quando te levo, sinto o negócio
Dos nossos fluidos que se espirram
No doce contorno das nossas bocas
Sempre molhadas

Quando te beijo
Sinto a ternura
Sinto o negócio

Toma, aqui está um buquê, flores sem fim
Meu coração como se estivesse chovendo, tudo acaba por perecer
Uma única coisa me alegra
Uma espécie de troféu que nunca expira

Sentir o desejo dos nossos odores tão úmidos
Troco-te com prazer a saliva perdida do meu coração
Todo o líquido e o suor
Como se retidos por horas
Que eu chamei de "elixir"

Quando te beijo, sinto a ternura
Que se espalha e se cospe
Nas efusões lascivas das nossas salivas
Até ficar enojado
Quando te levo, sinto o negócio
Dos nossos fluidos que se espirram
No doce contorno das nossas bocas
Sempre molhadas

(Quando te beijo)

Quando te beijo, sinto a ternura
Que se espalha e se cospe
Nas efusões lascivas das nossas salivas
Até ficar enojado
Quando te levo, sinto o negócio
Dos nossos fluidos que se espirram
No doce contorno das nossas bocas
Sempre molhadas

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