**Salvador precisa se salvar**


**Verso 1**
Salvador, capitanias hereditárias,
Mantêm o povo cativo, em suas várias áreas.
Na Bahia e no Brasil, a história se repete,
Desde 1500, quando tudo isso começa.

**Pré-Refrão**
Todo dia tem notícia, de dor e opressão,
Gente presa, espancada, vivendo a exclusão.
É normalizado, o povo sofre calado,
Sob a escravidão mental, em um ciclo fechado.

**Refrão**
Liberdade, precisamos buscar,
Das amarras econômicas, sociais e culturais.
Liberdade, para poder sonhar,
Quebrar as correntes que nos querem calar.

**Verso 2**
Salvador está nas mãos de uma casta opressora,
Que domina produção, comunicação, e cultura.
Do Pelourinho ao Carnaval, o povo é marginalizado,
Enquanto reis e rainhas, ficam milionários.

**Pré-Refrão**
A cidade é gentrificada, vida se esvai,
Turismo de passagem, o comércio morre mais.
E o povo na informalidade, tentando sobreviver,
Mas até nas praias, não tem mais o que fazer.

**Refrão**
Liberdade, precisamos buscar,
Das amarras econômicas, sociais e culturais.
Liberdade, para poder sonhar,
Quebrar as correntes que nos querem calar.

**Ponte**
Festas populares controladas por uma minoria,
O povo só figuração, sem voz e sem alegria.
Transporte público, nas mãos da elite,
Tudo financiado pelo povo, que se sente traído.

**Verso 3**
Praias higienizadas, comércio foi embora,
Subempregados sem moedas, nem uma migalha sobra.
Comércio local fechado, concorrência predadora,
O que resta é a violência, ou a exploração.

**Pré-Refrão**
O chicote canta alto, na cara da gente,
Comunicação domina, mantém o povo dependente.
Impostos e laudêmio, alimentam a casta,
O ciclo se repete, e a justiça não basta.

**Refrão**
Liberdade, precisamos buscar,
Das amarras econômicas, sociais e culturais.
Liberdade, para poder sonhar,
Quebrar as correntes que nos querem calar.

**Final**
Para mudar esse cenário, não há conciliação,
Quebrar a espinha dorsal, é a solução.
Liberdade para o povo, liberdade para sonhar,
Quebrar as correntes, e lutar pra mudar.