Não sou fantasma da ópera, não.
Eu nem sou capitão.
Eu sou jongueiro.
Eu sou capoeira.
Eu sou nego fujão.

Na luta que eu estou
eu tô com vocês!
Procurei, procurei, procurei, procurei, procurei,
achei!

Tem que ser de verdade
e sem vaidades
nessa construção.
Com falsete engajado
retomamos o compasso
e o tom

dos tambores que pulsam
em couro
nos nossos corações.
Eu quero roda de Ibeji,
Roda de batuque,
Negona e negão!
Assim encontramos belas harmonias
nas nossas canções.
O quilombeiro sou eu,
sou eu, sou eu!
Quilombola sou eu,
sou eu, sou eu!
Ilariê, ilariê!
Povo de rua!
Ilariê, Ilariê!
Kalunga, Kalunga,
Kalunga é nóis,
é nóis, é nóis!
Kalunga é nóis,
é nóis, é nóis!