O amor tem a assinatura do autor nas causas perdidas
O amor sempre começa sonhando e termina em insônia
É um ato profundo de fé que cheira a mentira
O amor dança ao som que tocam, seja Deus ou o demônio
Seja Deus ou o demônio

O amor é a guerra perdida entre o sexo e o riso
É a chave com que você abre a torneira da água nos olhos
É o tempo mais lento do mundo quando vai rápido
O amor abre caminho devagar, não importa a fechadura

O amor é a arrogância de se apegar ao impossível
É procurar em outro lugar o que você não encontra em si mesmo

O amor é um ingrato que te eleva por um momento
E te derruba só porque sim
O amor é dois em um que no final não são nenhum
E se acostumam a mentir
O amor é a beleza que se alimenta da tristeza
E no final sempre vai embora

O amor quase sempre é melhor quando está em outro lugar
Parece bom em romances que vendem finais perfeitos
Não vá embora, amor, mesmo que doa, não quero te deixar
Se você é sempre um erro, por que nunca vejo seus defeitos?

Pode ser que o que eu julgo seja outra coisa, eu não sei
Que a minha sorte tenha caído no impostor, eu também não sei

O amor é um ingrato que te eleva por um momento
E te derruba só porque sim
O amor é dois em um que no final não são nenhum
E se acostumam a mentir
O amor é a beleza que se alimenta da tristeza
E no final sempre vai embora

E não te deixa dizer o que você quer dizer
Sem te fazer saber que se cospe para cima
É sentar-se para assistir passar diante de você
O desfile mortal do cadáver de todos os seus sonhos

O amor é um ingrato que te eleva por um momento
E te derruba só porque sim
O amor é dois em um e no final não são nenhum
E se acostumam a mentir
O amor é a beleza que se alimenta da tristeza
E no final sempre vai embora

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