Dímelo Vato
Dímelo Beny

E somos o que somos, pelo que vivemos
Alguns se deram bem e ficaram esquecidos
Aqui tudo é sigiloso, fácil, também descuidado
E se você é da rua, é um garoto atrevido

E veja o que acontece, abra já sua mente
Que a roupa nunca marca se você foi decente
Às vezes uns tênis, te abrem trinta casos
E às vezes por um agasalho te tomam por delinquente

Mas prometo ser firme
E prometo que não vou desistir
Prometo que em problemas não vou me meter
E que continuarei sendo o mesmo até morrer

Mas bem, é o que toca
Assim nós estamos
Não é o mesmo ter quilos
A estar em casa, fumando uns gramas

Mas vamos chegar longe,
Todos os meus vão longe
E do ruim eu me afasto
E do ruim não me queixo

E vamos chegar longe
Todos os meus vão longe
E do ruim eu me afasto
E do ruim não me queixo

E nunca pensou que um amigo se vira contra você
Que vem e te olha já de frente
Que diz que vai estar com você
E depois te trai com outras pessoas

Não vou mudar, não vou mudar
Fizeram isso comigo apenas por dinheiro
E eu nunca vou mudar, não vou mudar
Porque fui criado na rua, em um gueto

Cara da rua, cara da rua
Como disse há muito tempo com Vato
Nunca nos viramos, nunca assinamos contrato
Você e eu desde baixo, agora temos aparelhos

E eu continuo aqui
E já disse que não vou mudar
E para nós vai assim
Porque de Beny eu não vou me virar

Estou metido na rua todos os dias e isso os incomoda
A polícia detesta todos os meus
E todos os que detestam minha música
Mais cedo ou mais tarde a ouvem e depois vão dormir

Vou chegar longe, uoh-uoh
E os meus vão longe, uoh-uoh
Do ruim eu me afasto (uoh-uoh)
Do ruim não me queixo (uoh-uoh)

(Os meus vão estar longe, uoh-uoh)
(Vou deixá-los muito longe, uoh-uoh)
(Do ruim eu me afasto, uoh-uoh)
(Do ruim não me queixo, uoh-uoh)

(Dímelo Vato, dímelo Beny, yeh-yeh)
(E do ruim não me queixo)
(Os meus vão estar longe)

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