"É isso
A beleza da música, ninguém pode tirar de você
Você nunca sentiu
Isso com a música?"
É aqui que faz mais sentido
Precisamos disso para não esquecer
Não esquecer que há algo
Dentro de nós: a esperança"

Me ensinaram que o sonhador era
Mais forte que o sonho
Que o mentiroso poderia acreditar firmemente
Em sua mentira
Sentado em um banco da cidade
Observo os grandes conjuntos
Arco-íris de diversidade
Crescemos juntos, saio do elevador
A zeladora me olha de lado
Aqui, não vivemos para os outros
Aprendemos a viver com eles
Temos lâminas na bolsa
E uma faca no bolso
Antes de comer a refeição
Consciente de que esse dia se aproxima
Os próximos partem, seguramos nossas lágrimas
Escondemos para chorar rios
Beber litros
Estamos presos como ratos na ratoeira
As sobrancelhas franzidas, estressadas pelas suspensões
Pelos mandados de busca
Cada dia um novo problema se apresenta
Precisa de mais frescor
A maconha como antidepressivo
Desempregado por vagar sozinho
Você percebe que não viu crescer
Seus irmãos e irmãs
Cegado pela ganância
A ditadura das aparências
Corremos riscos para
Arruinar-se na Balmain, na Dsquared²
Às vezes eu gostaria que tudo isso parasse
No entanto, eu não faço nada para
Entramos em custódia sem
Tapete vermelho nem tambor
É preciso reagir antes da hemorragia
O tumor pequeno, o horror é humano
Você erra e não deixa nada
No dia em que você morre
Você sempre mente para sua mãe
Olhando-a nos olhos
Você não pode esconder nada do criador
Da terra e dos céus
Você tem dinheiro, mas me diga
Em que você o gasta?
Pensa apenas em encher a barriga
É o caos, você cai na decadência
Na dependência, de traficante a consumidor
Os policiais atiram sem aviso
Digitam seu nome no computador
Tudo está bem que acaba mal
Você fez mal para Phillip Plein
Você encontrará a sala de visitas vazia em Sarrant
Vivone ou Villepinte
Tenho amigos que pegaram 10 anos
E que sofrem na prisão
Ajudam-se ou matam-se
Acabam com uma faca
Nas entranhas
Sem trégua, somos jogados em
Cela com ou sem provas
Presos nos braços da justiça como
Nos tentáculos do polvo
Empobrecidos, sede de afeto é na
Raiva que nos saciamos
Escurecidos, nossos corações são negros
E nossos olhares tenebrosos
É mais fácil se embrutecer do que se instruir
Você fuma para esquecer o futuro, mas o futuro
Não esquecerá de te destruir
Queremos sair e o
Fim justifica os meios
Pronto para tudo para pagar o aluguel
Mesmo que não respeitemos mais os anciãos
Amanhã quem vai limpar a
Merda que deixamos?
Negligenciamos nossas mães, nossas mulheres, nossas irmãs
Elas se sentem feridas
Entramos em casa de cabeça baixa
A escada cheira a urina, filho
O pai faz os 3 8
Não são nem 8 da manhã e você já bebeu 3 8 6
Os vilões te perseguem
Colocam sua equipe sob comissão rogatória
Interrogatório imediato, comparação

Eureka, as ideias se atropelam na minha cabeça
Eureka, tenho o olhar vidrado, será
A calmaria antes da tempestade?
Eureka, tenho dificuldade em viver feliz
Bêbado de mal-estar
Eureka, para amar os outros é preciso
Primeiro se amar
Eureka, vil e violento no
Fundo do abismo, temos
Dificuldade em encontrar um sentido para a vida
Apenas loucos ao volante cheios
De adrenalina sob o efeito de
Lean nas ruas da minha cidade eureka
Eureka

Me ensinaram que o sonhador era
Mais forte que o sonho
Que o mentiroso poderia acreditar firmemente
Em sua mentira
Sentado em um banco da cidade
Observo os grandes conjuntos
Arco-íris de diversidade
Crescemos juntos

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