Eu abro minha garganta
Para cantar o que penso,
Por isso que compreendo
A revolta dos baguais.
Feito eu que não tenho dono,
Seguindo seu próprio sonho
Nesta terra sem igual

Terra de gente e cavalo
Que trago no coração,
Cada pedaço deste chão,
Pedaço de continente.
Se mesclando a minha maneira,
Três bandeiras, uma fronteira,
Santana... Rivera...Corrientes.

“A todos baguais da pampa
Que não se curvam ao opressor,
Que não aceitam senhor
Para lhes botar o freio.
Aos campeiros de estampa,
Que não se achicam para os de arriba,
Que não dobram a espinha
Para o que não é da Pampa.”

Gauchos são estes criollos,
Xucros por amor ao campo.
Sendo superior ao tempo,
Há muito que vem peleando.
Formando uma só tropilha,
Que não se doma nem se enforquilha...
A eles estou cantando.

Gauchos são este vaqueanos,
Buenachos são os paysanos.
Sem marca, são orellanos
Seguindo uma só verdade.
De amar o chão sagrado...
Honrando o seu passado...
Uma só identidade.