Pro Santo est une chanson en Portugais
Sempre que vou beber o morto, o santo me olha torto
Já sabe, hoje pra ele não tem
Com água ardente eu benzo o corpo no seu último conforto
E o que me cabe eu resolvo no além, porém
Tenho que lembrar sempre de uma boa safra
Poetas, boêmios, gênios da garrafa
Quem desabafa as amarguras da vida
Quem não se safa, toma dura em qualquer saída
Se despede da cede, se desprende da sede
E nada me impede de colocar na parede
De olhar nos seus semblantes eu sei que ainda são os mesmos
Tão no meu coração feito a gordura do torresmo
Em outros planos, outros planos, não tão sozinhos
O paradeiro dos partideiros eu advinho
Eu sei que tu vens pelas nuvens, são seus caminhos
Pois fecham no bonde de quem transformou água em vinho
Hoje não deixei pro santo
Por um bom motivo eu peco
Fui lembrar e já se foram tantos
Mas tão vivos no buteco
Hoje não deixei pro santo
Por um bom motivo eu peco
Fui lembrar e já se foram tantos
Mas tão vivos no buteco
Muitos irmãos se foram e foram tantos
Puxei no fundamento, caí em pranto
Cachaça crew é o manto, os ressucito quando canto
Por enquanto eu tô de pé, não sei até quando eu me garanto
Nossos ídolos não são super heróis
Geral da cuca dodói, nos deixaram como dói
Por velhice ou pelos zói da cretinice que corrói
Debaixo do plástico preto ô ô ôu em maus lençóis
Cartas na mesa, só vi coringa
Já que não tem segunda vinda a gente xinga e faz mandinga
Repique, tam-tam, cuica, surdo e bacurinha
Chuva cai la fora e aqui dentro pinga
Tristeza é pensar que nunca mais podemos ver
Aqui dentro do peito, saudade bate forte
Por mais que o tempo passe é difícil de entender
Que alguém que nos deu vida não evitou a morte
Hoje não deixei pro santo
Por um bom motivo eu peco
Fui lembrar e já se foram tantos
Mas tão vivos no buteco
Hoje não deixei pro santo
Por um bom motivo eu peco
Fui lembrar e já se foram tantos
Mas tão vivos no buteco