Dê-nos jogos
Os mais insalubres, oh sim, eu quero
Vá, tranque-os, tranque-os
Até que eles não possam mais respirar
Que os vejamos morrer
Ejetados e linchados pelo pior
A gaiola no meio da sala
Gosta de ver as feras girando em círculos
E se despedaçando por apenas um punhado de dinheiro
Entrar no molde da América
Vá, sangre-se ao som da música

Dê-nos o liso
Marshmallow ou alcaçuz
Dê-nos imagem para comer
Pré-mastigada e pré-digerida
Dê-nos vício
Congele nossas velhas ideias
Viva minha geladeira, viva minha TV
Está mais vazia do que ela está cheia

Tire-os, tire-os, tire-os, o lixo!
Tire o lixo da televisão!
Sem TV, sem TV, sem TV!
Oh céu!
Oh não, eu sou viciado!

Espalhe a malha
Mostre que só o dinheiro vale
Afogue-nos em publicidade
Engorde-nos até explodir
Deixe-nos nervosos
Espalhe as mulheres e suas carnes
Cheias dos mais belos adornos
Excite-nos, excite-nos mais do que isso
Traga seus patrocinadores
A todo momento cheira a morte
Vomite nossos desejos, nossos desejos
Impedir-nos, impedir-nos de partir

Dê-nos vício
Bloqueie as escadas de serviço
Vá, sequestre nossas mentes
E sorria, tudo é permitido
Puxe para baixo
Minha televisão adora isso
E todos os móveis estão com ciúmes
Até meu vaso sanitário ficou louco

Tire-os, tire-os, tire-os, o lixo!
Tire o lixo da televisão!
Sem TV, sem TV, sem TV!
Oh céu!
Oh não, eu sou viciado!

Dê-nos o pior
Reserve-se para o futuro
Mantenha seu mau gosto
Para os dias em que você estará no fim
Dê-nos o pior
Passe nosso desejo de pensar
Com conceitos idiotas
Vá, cuspa-nos seus vintages

Dê-nos idiotas
Sirva-os arrogantes ou redondos
É o zoológico dos apresentadores
Não lhes dê comida, não é hora
É hora de sorrir
Servir bobagens para morrer
Para nos empanturrar, para nos empanturrar
É para nós
É para nos divertir
Dê-nos garotas
Descolore-as em amarelo ovo
Vá, sorria para mim, sorria para mim
E faça suas presas jorrar

Tire-os, tire-os, tire-os, o lixo!
Tire o lixo da televisão!
Sem TV, sem TV, sem TV!
Oh céu!
Oh não, eu sou viciado!

Dê-nos estrelas
Daquelas que cospem em seus babadores
E filme suas festas miseráveis
No fundo de sua caixa de areia
E solte suas bombas
Daquelas que são nauseantes
Inunde nossas vidas, nossos lares
Você está tão presente que estamos chapados

Tire-os, tire-os, tire-os, o lixo!
Tire o lixo da televisão!
Sem TV, sem TV, sem TV!
Oh céu!
Oh não, eu sou viciado!

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