Hmm, sim, ayy-ayy-ayy
Hmm, na-na-na-na-na, eh-eh

Hoje quero me confessar, confessar meus pecados
Quero contar minha história, que ninguém jamais ouviu
Quando eu tinha sete anos, mamãe e papai se separaram
Foram poucos os bons momentos
E foram muitos os momentos ruins
Eu nunca tive brinquedos, o Papai Noel nunca me deu presentes
Eu só tive uma guitarra sem cordas, e um microfone de pau
Aprendi com os falsos amigos, aprendi a ignorar os ingratos
Mas sempre andei com os pés no chão porque não tinha sapatos

Sofrer foi o que me tocou nesta vida
Chorar quando nem lágrimas tinha
Mas sempre soube que minha sorte chegaria
O garoto do bairro, a lenda viva

Quando não havia pão para o café da manhã, me conformava
Quando não havia carro, caminhava
Antes me sentia o dono de tudo
Agora sou o mesmo bobo com dinheiro e fama
Agora me olham aqueles que ontem não me olhavam
Agora me atacam os mesmos que me ignoravam
Antes perdia, nunca ganhava
E agora neste jogo sou a peça que faltava
Mas meu pai cuida de mim lá de cima
E pelo bom caminho ele me guia
E eu só peço a ele que me dê saúde, e bênçãos para minha família

Eh-eh-eh
Eh-eh-eh
Eh-eh-eh-eh-eh
Eh-eh-oh
Eh-eh

Agora tenho gente que me odeia
Agora tenho gente que me quer
Dizem que homens como eu, não se esquecem nem morrem

Sofrer foi o que me tocou nesta vida
Chorar quando nem lágrimas tinha
Mas sempre soube que minha sorte chegaria
O garoto do bairro, a lenda viva

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