O meu vizinho do lado direito é sambista,
Já a vizinha da frente, sempre zen!
Ele sempre arrumado, na estica.
Ela sempre bem. Mas, bem de bem!

Ponto de encontro é na esquina,
pra quem vive poesia.
Chama d’Akadimia,
verso-a-verso, dia-a-dia.

Já na segunda, tem samba,
é coca-cola com canha.
Seu pé sujo chegou, pediu o tom
da “linha antiga”, dom
“Odé”, sedutor do violão.
Das mulheres, doce bom!

Pra “rápa” dura,
a vaca passou
colhendo harmonia.
Com minha moeda
pulei a janela,
quero essa quizomba real,
ser da alegria!

Mistura maluca,
leite, açúcar,
cacau brasileiro...
Chocolate caseiro.