Tudo que passa no meu caminho Vira lembranças vazias sem direção Vira sonhos de quem acordou E de nada se lembrou Uma parte da vida que se perdeu na imensidão Se alguém me perguntar O que vi atrás de uma montanha Eu responderei que lá não tem um rio Porque de lá pro outro lado ele seguiu Virou coisa do passado águas que ninguém mais banha Aqui bem perto de mim Tem tantas coisas que já sumiram Até o vento passou tão depressa Que nem a janelas se abriram Mas se eu consigo apagar todo meu passado O que posso fazer com a solidão Porque ela é um mal tão desigual Está presente na sala e no quintal Vive sempre perturbando o meu coração