(Capa – Verso)

Foi mal, Ninja, estraguei sei beat
Mas precisava dessa porra pra escrever esse feat

Do Capa com o Alexandre, buscando uma nova chance
Pois me sentindo parado, não importa o quanto eu ande
Caminhando no vale das sombras dos sonhos jogados
Vozes me dizendo: meu mal é predestinado

Sonhos do futuro ficaram lá no passado
Escolhas do presente levaram meus aliados
Era só eu e Chal sonhando em viver da arte
Tendo no armário arroz, maisena e um cream craker

Sonhando com os palcos e nas ruas fazendo assalto
Cê acha que me conhece, não entende nem ¼
Do que eu vivo, traumas do passado que ainda tenho comigo
Ouço nos meus sonhos os disparos daquele tiro

A morte me chama: vem, bailar comigo
Sinto que entre nós ainda existe um atrito
Ela me diz: Capa não pare
E eu me digo: Capa, não, pare

(Dorgo – interlúdio)

-“hamm, tá ouvindo a poesia do cria, né
Mano, eu ia te mandar mensagem, falei de tu ainda agora
O Capa mandou um recado, po
Fui visitar ele ontem
Eu fui ver ele
Ele mandou te avisar que só falta tua parte
Pra tu lançar a poesia e a música que vocês fizeram
Juntos”

(Onni – Verso)

Já é

Eae, Alexandre, essa carta é pro Capa,
No corre pela carpa, aham, tem muita farpa,
O sol por aqui ainda nasce redondo,
Num clima medonho, a morte brincando de adedonha

E as criança solta pelo inferno,
Perseverança num solo infértil,
Num mar de balas, com dedo na cara
Fazer Deus ser réu confesso

(Onni – Ponte)

Seja bem-vindo, aqui não tem sirenes,
Veja carrancas no lugar de barricadas,
Sem corre-corre, só passos serenos,
Acredite, isso não é um sonho