Jubiabá is a song in Portuguese
Eu vivi por essas ruas, sou imperador como Antônio Balduíno
Vida de negro é boa? Tanto que tomar tiros virou nosso hino, pow
Vejo todas as regalias, tão matando minha favela pra alimentar o senado.
Olha como eles governam estão jogando lanternas pra quem tá morrendo afogado.
Tô tentando sobreviver, meus sentimentos me sufocam enquanto a solidão me abraça
Por si minha alma sofre e nem tudo nessa vida se cura com cachaça.
Eu corri pelos matagais, conheci a maldade ela é uma criança mimada
Estupradores são desleais, e sua crueldade não se paga com uma mera facada.
Jubiabá, o que eu faço agora?
Tô ficando rico, os pela se incomoda.
Com ACM e Bozo, minha favela chora.
E eu tendo que pagar a passagem em dólar.
Jubiabá, porque eu sou assim?
Ó meu pai de santo rogue por mim.
Peço perdão pelos erros que cometi.
Me perdoe pelos versos que não escrevi!
Me perdoe se eu não conseguir mais escrever
Não quero mais lutar, prefiro morrer
Sei que posso ganhar, não quero perder
Perdão se o que escrevi de nada valer!
Briguei com a vida, essa desgraça.
A morte que lute pra levar minha alma!
Aprendi que a vida vale nada
Os olhares eternizam o racismo nas calçadas.
As crianças por aqui vivem atormentadas.
Jubiabá, porque os homens vivem na pederastia?
Me guie porque o mau com mau se paga
E eu tô sendo bonzinho com esse bando de Zequinha.
Eu naquele dia briguei com a foice.
Briguei pela vida durante essa noite.
Que vida é essa que vivemos hoje?
Jubiabá, esse mundo é podre.
Diálogo com o espelho
Minha sombra pede o contrato
O vilão sou eu mesmo
E eu mesmo sou meu aliado
Devaneios de hoje cedo
Dropo doce, me sinto amargo
Frustrações nesse enredo
Beirando o fracasso
Carregando os traumas na lombar
Protegendo minha jugular
Minha mente é minha jaula
Eu deságuo la no bar
Estou pronto para pular
A música é minha autoajuda
Além da física eu posso tocar
Quem me salvará se o player parar?
E a dor me torna mais vivo
Desce outra dose que eu vou escrever
Tempestades corre em meus filhos
E se a sina do poeta for sofrer?
Me devo um pedido de desculpas
Erros são ciclos e vícios
Nesse ponto tudo se refaz
Aguente firme e firme o sorriso
Abraços sem negações
Chronos sem tempo pra crônicas
Não precisei de 13 razões
Se fugiram e foram únicas
Há desordem nós ponteiros
Tudo ficará bem
A justiça me aponta o dedo
A balança me faz de refém
Meu copo não tá roxo
Vamos fugir pra Costa do Marfim
Mulheres com roxo do olho
Enquanto falam do roxo do Lean
Pedidos criptografados
Há muito tempo nos distanciamos
Selos foram quebrados
Há muito tempo nos mascaramos...