Rio Tietê - Milton Bezerra da Silva/João Ormond


No seio da serra do mar brotam águas serenas, vem aflorar

Crescendo consigo esperanças e vidas tão belas, de admirar

Trazendo a doçura e tantos segredos guardados, que vou contar

Era tanta beleza e pureza contida na mesa, a ofertar


Sabendo o destino que foi para ele traçado

Do mar se afasta sabendo por onde voltar

Serviu a Entradas, Bandeiras, Senhores das águas

A desbravar


Entre altos e baixos o grande menino seguia

Cresceu sufocado por gente sem coração

Ao invés de alegrias, prazeres, encantos de outrora

Poluição, só...


Rio Tietê é o berço das águas pra afogar as mágoas do seu padecer

Rio Tietê, no chão fez morada, bandeiras na estrada, no alvorecer.


Sereno seguia o menino seu doce destino, sempre a crescer

Nem sempre eram limpas e puras as águas que vinham lhe engrandecer

Tristeza ver tanto encanto aos poucos findando sem entender

E assim se desbrava o sertão nas margens em flor do Tietê


Valente suporta de tudo nele despejado

Só a mãe natureza é quem lhe fará suportar

É a vida de volta é um peixe, uma ave, é um ninho

É um cantar


Depois de cumprir sua bela e nobre missão

Com outros rios se juntou para enfim regressar

No solene remanso das águas que vai te levar

Até o mar


Rio Tietê é o berço das águas pra Lavar as mágoas do seu padecer

Rio Tietê, no chão fez morada, bandeiras na estrada, no alvorecer (2x)