Só quero alcançar o melhor de mim,
A vezes me questiono se existe,
Às vezes tão exausto e estressado,
Forçando pra sonhar,
Ô tanto que eu sangrei pra me enxergar na frente do espelho,
Quantas versos escrevi na frente de casa, de frente pro rio,
Tanta dores que surgiram aqui dentro,
Eu segui caminhei junto com tempo,
Tentando fica inteiro,
Enquanto eu traga,
Me estragava, maços e maços,
Só quero voltar pra casa.

De manhã eu lembrei da treta com meu pai,
Por causa de dinheiro,
Até hoje eu não sei se foi isso mesmo,
Eram tantas coisa,
Trampo, cachaça, droga e desrespeito,
Assumi meu erro,
Questão de esquecer não fiz,
Amanhã noiz faz direito,
Antes do fim,
Não consegui e me arrependo
Mais to aqui.


As vezes queria sim ser mais presente, simpático e simplório,
Menos neurótico, mais volto pro passado eu compro mais um maço,
E se for pra falar disso eu compro mais um vinho,
Faço o melhor que posso pelos novos ciclos,
Tipo quando o sol invadia pelas frestas dos tijolos do barraco lá no pantanal,
E dizia: vamo lá neguinho,

É que nunca foi fácil,
Quantos foda se foram lançados,
Compaixões que eu não encontrei dentro de mim,
Amores e afetos que eu não retribuí,
Não me doei, não consegui,
Quase sempre prefiro a solidão, sim,
Me embriagar de poesia,
Chorar pelos meus atos,
E remendar meu ego com álcool mais barato que eu consegui comprar,
Olá o'que vem lá do outro lado,
Tempestades e Tornados,
Fortifiquei minhas posições,
E não por razões que eu não possuo,
E não para fazer parte do seu mundo, dá suas tretas,
Eu só quieto não mudo então nem tenta,
Eu sou mano homem duro do gueto brow obá,
Aquele louco que não pode errar,
Aço e sangue na minha pele preta,
O negro drama aqui não pode errar.


Me desculpa mãe se eu não fui tão forte,
Ensaiei sobre a dor, e valsei com a tragédia,
Mas eu te juro mãe que toda trajetória,
Não é por nada tem sangue na estrada, sinais de luta,
O preço da gloria.




Eu só quero paz. 3x.

Sinto que é pura sorte, eu ter nascido assim
Mas na verdade aqui lidamos com muitos
Eu também quis segurar o mundo
Ser dono de tudo
Mas o destino é quem decide os rumos
O destino é quem decide os rumos

Eu vou com dores nos punhos
Um olhar obscuro
Eu não confio na cidade, um labirinto de traumas
São Paulo dá um sonho para sugar sua alma

Mas eu fiz meu corre, tô com a mente forte
Rimar virou esporte
Jogando com suporte
TV passando trote
O estado é a serpente, se preparem para o boti

Se olhe, a escuridão te acusa
Numa Convivência confusa
Por isso eu tô olhando pra lua
Por isso eu não julgo sua luta

Eu Só fiz meu corre
Eu só fiz meu corre
Eu Só fiz meu corre, e nada mais

Eu Só fiz meu corre
Eu só fiz meu corre
Eu Só fiz meu corre, e nada mais

Não quero nada mais, além de paz
Não quero nada mais, além de paz

Sou um sobrevivente
Olha pra minha gente
Não tão diferente

Eu só quero paz
Eu só quero paz
Eu só quero paz

Depois daqui, Deus, não volto mais
Eu não volto mais
Eu não volto mais
Eu só quero paz