Na segunda eu sai
Pra ouvir um som de favela
Dei um disparo até santo amaro
No samba da vela

Cultivando a raiz
Bambas envolta da mesa
O chapa Chapinha diz
A chama segue acesa

Sem compromisso eu colei
Nos pagodes do feirão
Quem conhece tá ligado
Butecos de tradição

Da 50 a 21
27 Grajau
Versos tem pés no chão
Rapeiro da zona sul

Pelos becos do ibira
Batuca bamba leão
Do monte azul a fundão
Mestre Ailton é irmão

Gente que eu acredito
Com respeito eu cito
Na bloco do beco
O tambor canta bonito

Catanduva tem Fonte
Lá no Leme a ponte
Trago o samba comigo
Assumido amante

Eu levo a vida
Na sul tio, sem ideia fútil
Enquanto com os maloqueiro
Lá no bote do Mutcho

Eu vou levar
O meu rap pro samba
E repartir
Os meus versos com os bambas
Nas quebradinhas
A gente se tromba
Desenrolando as ideias
No ritmo da caçamba

O nosso samba é da hora
É na laje é na quadra
Imagem e semelhança
Da nossa quebrada

Movido a vinho e sorriso
Nossa alma crua
De baixo do sereno
Namorando a lua

Num belo domingo
Com a velha guarda do monte
Cantamos Adoniran
Até depois das onze

Um raspa na B12
Depois no socorro
Um salve pro Dj Nando
Império do morro

Ali no abacateiro
Espírito partideiro
Ouvindo Fundo e Levi
Com Vadin meu parceiro

Direto da 2
muito suingue ecoou
Um salve pro Claudinho
família samba soul

Nas noites dos tambores
Tem Salloma e Umoja
Festa linda e abençoada
Com a força dos orixás

No Barraco do peito
Uma memória viva
Do 3 em 1
Tocando Martinho da Vila

Eu vou levar
O meu rap pro samba
E repartir
Os meus versos com os bambas
Nas quebradinhas
A gente se tromba
Desenrolando as ideias
No ritmo da caçamba

É nas beiradinha
Que de quebradinha
Deixei se distraindo
Um amor de mentirinha

Da divineia pro Eliza
Do Peruche pro camisa
Vai se esvaindo
Um fogo na maninha

Cada samba as vezes um corte
outro samba a dor sufoca
Umas melodia forte
Que se canta na maloca

Nois é o fulgor da raça
É a moça e sua graça
Vida viu tio
Que o meu coração abraça

Minha alma sempre vista
Eu nasci em 80
adolescência dos pagodes noventista
Com toda sua essência

Era ouvindo o presságio
Com o tamborim na mão
O peito no naufrágio
Desse mar de solidão

Inspira samba que voa ágil
Liberta da ilusão
Essa caixa escrito frágil
Batuca meu coração

Eu vou levar
O meu rap pro samba
E repartir
Os meus versos com os bambas
Nas quebradinhas
A gente se tromba
Desenrolando as ideias
No ritmo da caçamba