[akdesacato]

O mundo me eternizou vagabundo
É certo como o céu de sobradinho é um absurdo
A paleta mistura sua conduta desperta meus desejos mais profundos
Tipo olhares da medusa em bares velhos copos sujos

Servem taças e facas pra um crime autoditada
Nem sempre o morto foi o alvo da bala
O por do sol me encara e diz mais um dia se passa
A noite cai mas volta fria e vira a madrugada

Minha postura é meu escudo, engatilhando a lábia palavra não masca
Sem espaço pra falha, sem espaço pra fala
Sem espaço pra nada como não desejar tudo
O preço é alto então vem ver se nois também não paga?

Pra aliviar cada revolta em voltas corre a baga
O olhar do irmão me trás de volta um amargo que não passa
C'est la vie malaco, eternizado
Saudade dói mas o amado é vingado

[RUAN AFP]

Tento me encontrar por esse mundo
Amar sem medo de olhar pra trás
Não quero perder mais nenhum segundo
O tempo devagar me satisfaz

O eco já não morre cedo, tudo reverbera e vibra
A consciência é uma pedra no espelho
O arco íris tá nos cacos de vidro
O macro e o micro já estava escrito

O ponteiro decide, as estrelas apontam
Me observam de cima, vivemos sobre o mesmo céu

Tudo pode acontecer, inclusive nada

Um universo em crise, às vezes beira o surto
Mesmo quando lúcido, rimar pra mim é um alívio
Ainda há um motivo (sempre tem)
Questione o obvio

Minha vó me disse pra não da bobeira
Oportunidade sempre vem, então aproveita
Esteja pronto (muita fé, muita luz)
Minha alma que escreveu essas linhas

[akdesacato]

Tento me encontrar por esse mundo
Amar sem medo de olhar pra trás
Não quero perder mais nenhum segundo
Tempo devagar me satisfaz