Tchê, tchê, tchê
Tchê mas que barbaridade
Esta baita ansiedade nos olhos do peão
Tchê olha a china coitada
Tão triste e cansada bombeando pra o chão
Tchê vem olhar o piazito
Brincando solito, lembrando o galpão

Eu vou voltar para o meu pago
Querência chucra onde nasci
Eu vou tomar o meu mate amargo
Junto ao fogo onde vivi
Vou rebentar esse cabresto
Me dêem cancha por favor
Vou me soltar desta maneia
Desta ilusão de luz e cor

Tchê mas que barbaridade
Esta baita cidade não é de quem luta
Tchê eu changueei, eu peleei,
Mas depois me cansei de fazer reculuta
Tchê tu que és meu amigo
Vem embora comigo, me atende, me escuta

Tchê mas que barbaridade
A ilusão é verdade se a gente se ilude
Tchê eu campeiro empregado
Hoje estou mais parado que água de açude
Tchê concordar não é feio
E eu volto aos arreios, lugar do homem rude