Solta a voz e canta

A energia do ar vira melodia

Tira a teia da garganta

Pra continuar que é só mais um dia


Gatilho aos montes

Medo do fronte,

Quem vai me resgatar?

O soldado Ryan? ,


Explodam a ponte,

Que o cara num vai voltar


Falar eu consigo, dizer eu consigo

Falar pra alguém impossível

Falar que eu tô assim

Impossível

Ver todos com pena de mim


Dizer que eu tô indefeso

Dizer que me sinto preso,

Escravo da mente com medo

Olha o ""menino mimado do guêto""


A gente adoece

Coração enfraquece

A força perece

Amor, ""vix"", esquece

A mente enlouquece


E eu não vou contar, eu não vou dizer, eu não vou falar?

fingir que tô bem, ligar pra ngm, mentir ao postar,

gastar, enganar, mascarar, sorrir sem gostar do sabor, viver ilusão,

em alma de computador.


Solta a voz e canta

A energia do ar vira melodia

Tira a teia da garganta

Pra continuar que é só mais um dia


Levanta, vai, vem, frita,

Não desista, o mal sai e o bem fica

Medita pra não sufocar

Existe resposta, com fé ela vai chegar


Protege seu tempo, poupa a mente, seja respiração

Larga de vez o silêncio e bola pra frente, auto aceitação


É a chave pra não disparar os gatilhos

Pro trem não sair dos trilhos

Pra vida voltar a ter brilho

Confia nos teus e caminha sem medo, andarilho


Nem ontem, nem amanhã, é aqui e agora: no presente

A música cidadã é remédio que cura quem tá doente


E quem ainda vai ficar

É por isso que a gente faz rima e canta

Pra desopilar é pra desopilar

Fazendo de conta que não amedronta


Viver num país dividido

E pra exorcizar

Todo desequilíbrio

Axé mi pana


Solta a voz e canta

A energia do ar vira melodia

Tira a teia da garganta

Pra continuar que é só mais um dia