Eu atiro, eu atiro em mentols
Cigarros com aroma de riso
Eu atiro, eu atiro, eu não me importo
Atirarei na ambulância
Eu atiro, eu atiro na garrafa
Todos os meus demônios são maravilhas
Eu atiro, eu atiro à queima-roupa
Lágrimas no último jacaré

Eu atiro no coração, eu atiro em branco
Eu atiro em tudo que se move, é claro
Na corda sensível, às vezes
O próximo no alvo, serei eu
O próximo no alvo, serei eu

Eu atiro, eu tiro conclusões
Ativas erradas ou certas
Eu faço planos para o cometa
E a mulher do arquiteto
Eu traço linhas, eu puxo trens
Com a força das minhas duas mãos
Eu puxo os versos como eles vêm
Do nariz do último dos Verlaine

Eu atiro no coração, eu atiro em branco
Eu atiro em tudo que se move, é claro
Na corda sensível, às vezes
O próximo no alvo, serei eu
O próximo no alvo, serei eu

O próximo no alvo, serei eu

Tudo está decidido de antemão
No final, eu acho
Eu farei minha reverência

Tudo está decidido de antemão
No final, eu acho
Eu farei minha reverência

Eu atiro no coração, eu atiro em branco
Eu atiro em tudo que se move, é claro
Na corda sensível, às vezes
O próximo no alvo, serei eu
O próximo no alvo, serei eu

O próximo no alvo, serei eu

O próximo no alvo, serei eu

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