A boa música morreu, eu ouço
Tipo, morreu morreu? Ou trancaram num calabouço?
Inundaram o lugar de iguais, só nos vale o que vende mais
A máquina gira e faz, no padrão de fábrica - o gosto

Eu experimento e nisso encaro o abismo do poço
Aprendi amar o que faço até se sai do bolso
Aprendi a admirar arte, em vezes sem recurso
Aquele pique "deu vontade então eu fiz" que eu busco

E nisso os manos são robustos, mano, eu sou robusto
Eu me dispus a ser autêntico, mas identificável nas parada
Hábil nas palavras, sabe?
Dádiva pra alma cabe, em ver o melhor de si ter uso

Não vim julgar os mais difusos, vim tipo "quem me acompanha"? (Quem me 'companha?)
Meti a sobrinha no sample, se eu ganho, a gente ganha (Quem me 'companha?)
Artimanha, ceia cheia nossa é façanha (Quem me 'companha?)
De exportar arte em missangas a exposição na Espanha (Eu ganho assim!)

Mano eu ouvi, que se jogar pro ar o mundo explana (Eu ganho assim!)
Seja pra fazer acontecer ou pra ruir, emana (Eu ganho sim!)
O melhor de si, vim vi venci (Então eu vi)
O primeiro passo era justamente darmos início

Loop na mente em se ouvir desistente é cíclico, prende
Age igual vício e estende-se como vírus na gente
Bater de frente é o ato de insistir no front
Batalhas no horizonte que assume, luta e responde

E é tudo seguindo a prontidão (junto ao que corresponde)
Ao teu sonho, ambição ou corre (o que for, ações fazem pontes)
Desculpas virão aos montes (por isso filtramos fontes)
Até vozes da cabeça (se resumirem a fome - de vitória irmão)
(De vitória irmão)