Terra est une chanson en Portugais
Ahow, Rá, Terra
Ó meu solo sagrado
Plow, ratatatá
Cuidado com o solo salgado
Porque esse planeta íra hoje pira em pressão alta
Porque as plantas que imperam
Hoje já não mais superam o que fizeram com nossa camada social
Salve Durkheim
Terra natal é natural, Sr Pico naquele pico
Alto astral, de onde os meus vem e vai…
Demarcação dos puris, eis me aqui
No caminho do coração no caminho do bem
Nessa guerra de Canudos, nos prometeram terras, nos jogaram nas encostas
Onde nasciam favelas como aquelas do Nordeste
Antes o fruto paralisava, hoje armas vendem ervas
Pois, não há trampo que preste, mas
Daqui eu to ligeiro, me camuflo entre os pinheiros
E se, ceis são cobra, eu sou minhoca de terreiro
E to fortalecendo a horta, pra não ter que te dar dinheiro
Pra não ter que te dar dinheiro.
Grãos negros como minha pele é
De enxadas, chibatas, sangue, café
A vida bate na porta, e nós segue com a fé
De quem não se corrompe, e não engata marcha ré
Se engata se engana, trama de bacana
Que o lucro seca a matéria e te cega pela grana
Eterno mar de gente, que esquenta a mente pelo asfalto quente
Onde ninguém é sorridente
Me esquivo com a ginga de bimba
Resistência não se dissipa, punho fechado pra cima
E foco é na estrela guia, pra que tudo dê certo
Nem que pra salvar o pão de cada dia eu atravesse desertos
Substrato representará a terra em diversos aspectos.
No sangue tupi, na força haiti, na alma sou free, a mesma de sempre..
Juntei com minha tri, ceis vão conseguir, sentir o que a gente já sente
Entre mito e rito, transformando o verbo em corpo
Som sentido, vivido, herdei, e vale mais que ouro
Vale mais que um espelho onde me vejo rasamente
Pois sei que dentro dos meus olhos o brilho não mente
Eu tenho orgulho da minha terra
É sangue de Luzia que ainda corre
Sem disrupção interna
Capoeira, batuque, cairê, céu estrelado
Riqueza do ventre amado
Isso é um chamado, me rendi, me fugiu…
Sinto as bordas da atabaque
A pele acessa pelo frio
A natureza me despiu
E já que corre nas minhas veias eu respeito Esse é um laço que nem a morte partiu
Eu me rendi ao seu chamado
Sou filha, sangue sagrado, do abstrato e sutil.