05 – SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS

BLESS97

Bless 97
Hoje o que eu posso ver ‘’Rest in peace’’ na lápide do rap
Sem mais ‘’Boom Box’’ tocando Boom Bap
Agora os rappers alienam no snap
De jogar sujo uma pá de track
Sai da minha frente alma sebosa, sou leglock quebro pé de breque
Eu lembro bem eu e o fiel
Falando da infância que mal tive como foi cruel
Os playboy já tinha tel e eu randal no pé
Mó fã do bagui sonhando em ser pelé
Óh que viajem…
Nem crescí tanto a vida bateu sem mensagem
Se sentimento veio de lá coração foi covarde
Pureza foi quem ficou foi a maldade
Sem cara triste pra boy que veio a óbito
Sem remorso!
Maldito sempre será o seu fruto enquanto quiser o que é nosso

DESAFORO NORTE

Sangue, batida, suor de gangue batizado
Eu relembro cada momento e as escolhas que um dia eu fiz
A minha renúncia, o cano dispensado, um trampo recusado
Inabalável fé e nela eu me refiz
Rompi amores, bares, flores, lares, dores, mares
Mas jamais rompi com aqueles que acreditaram em mim
Quebrei a cara com uns cara, minha cara a tapa
Cara a cara, a cada tapa recebido e firme eu tô aqui
Muito mais do que se ter
A arte parte da vida à lacarte, sem alarde e encarte o artista é o que vem pra sentir e fazer
Vim pra matar a fome e alimentar o cérebro e o coração de quem tem sede de aprender
Tô pra trocar experiências e aguçar meu paladar
Rima é banquete. De fome cêis não vão morrer!
2018, Desaforo Norte, 10 anos de Hip Hop
Mostrando pros "Rap Pop" o R A P!

REFRÃO 2x
Quanto mais vivo eu sei que nada sei, não posso me esquecer de onde vim
Eu sou da rua e desafio a lei, meu rap não tem fim
Quanto mais vivo eu sei que nada sei, não posso me esquecer de onde vim
Eu sou da rua e desafio a lei, meu rap não tem fim
RAFAEL PEREIRA

Trouxe ar puro pai, futuro pra ir além muro, furo jamais, curo os ais
O escuro sai, num aturo mais, respiro paz, retiro os tais
Miro e atiro em cada linha, o ouro raro, limpo e claro e quem escuta duro cai
Entenda meus porquês, assim entenderá meu feito
Eu tive um tempo fora, mas meu tempo ativo me trouxe respeito
Meti os peito pra sair do morno
Eu começei extamente na mesma dispô do retorno
Quando o jogo num era sujo, garra e apetite
Não essa corrida de ‘’Boy Band ‘’ afim de fazer Hit
Os kits importantes eram os do ‘’ Fruitloops ‘’ ups!
Não via o rap se dividir em equipes
Falsos profetas, patetas, fora as linhas retas que me seduziam
Os que deduziam, tirei boas notas, bati minhas metas, canetas que iam e iam
Primeiro Passo o afinco, meu foco eu num brinco essência da rua
No início do corre meu rap era bom, 7 anos depois continua

MARESYA

Pulei muros no intuito pra num assinar na Avec
Sei deixar furo com os putos ‘’Crazy Thugs’’Hi Tek
Um 5 furo no escuro despacha mais que Sedex
Red chumbo em rubro mancha mais que suas tags
Destino curto sem rumo, o corre sem o ‘’Air Max ‘’
Instinto fútil sem curso, sem rota, sem GPS
Sigo reto nas curvas, sem pausa nas fugas
Nessa bad Cazuza, o que não salva me afunda
E eu entoco as loucuras e outro trauma se acusa
E eu to pique Yakuza naquele olhar de Medusa
Eu sou cria das ruas que não aceita seu chefe
O passado te aluga um endereço sem Cep
Maresya Tio Reks, nível hard DF
Aos 37 no rec sem precisar de reset
Sem tese o resumo, um presente do mestre
De volta ao future ‘’Delorean’’nesse Boom Bap

REFRÃO 2x
Quanto mais vivo eu sei que nada sei, não posso me esquecer de onde vim
Eu sou da rua e desafio a lei, meu rap não tem fim
Quanto mais vivo eu sei que nada sei, não posso me esquecer de onde vim
Eu sou da rua e desafio a lei, meu rap não tem fim