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Paroles de Cidade Branca

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Paroles de la chanson Cidade Branca par Pedro Mafama lyrics officiel

Cidade Branca est une chanson en Portugais

O que é que tu sentes?
Toda a hora 'tá a morder os dentes, agarra na mão
Já não sei o que é ter os pés assentes, pés assentes no chão
Tenho uma garrafa de água da nascente
Não quero bebê-la a sós
Eu quero sentar contigo na pedra quente a ver nascer do Sol
Na cidade branca picos no meu Sumol
Base cor de laranja, manchas no meu lençol
Isto não é vida p'a gente
Eu quero ser tipo um cavalo a olhar em frente
Só p'a ter razões p'a rir pus um brilhante no meu dente

Eu mando um salto na fogueira
Eu vou fazer o que quero e vou fazê-lo à minha maneira
Eu ligo os holofotes pa' acabar com a brincadeira
Passo a noite em claro a andar a roda a noite inteira
Eu meto achas na lareira
A ventoinha afasta o vapor quente da banheira
Vinho no meu copo tem Syrah com trincadeira
Eu penso enquanto a cama vai batendo na mesa da cabeceira

O que é que tu sentes?
Toda a hora 'tá a morder os dentes, agarra na mão
Já não sei o que é ter os pés assentes, pés assentes no chão
Tenho uma garrafa de água da nascente
Não quero bebê-la a sós
Eu quero sentar contigo na pedra quente a ver nascer do sol
Na cidade branca picos no meu Sumol
Base cor de laranja, manchas no meu lençol
Isto não é vida p'a gente
Eu quero ser tipo um cavalo a olhar em frente
Só p'a ter razões p'a rir pus um brilhante no meu dente

O que tu sentes
Ao mostrar toda a tua vida pa' esta gente?
Eu não sei se eu sou capaz pedir que acendes?
Eu 'tou a tentar mudar o estofo dos acentos
O que é que tu sentes?
Eu juro que eu vou pôr os pontos nos acentos
Todo o dia eu falo que hoje vai ser diferente
Eu 'tou na minha
Mas quando escreves outra linha é que eu me acendo?

Virei a página, deixei as linhas no prefácio
Nem escrevo mais uma linha num livro que p'a mim já saiu
Perdi conta dos dias
Só confio em quem 'tá no fio
Neve desafia-me, aprendi a gostar do frio

E a cidade branca tem palácios
Maquilhagem na pele de palhaços
Tens mais que um bilhete p'o espetáculo
Mas lá quem mata a sede é o diabo
Lá fiz muitos hinos ao pecado
Punha a minha graça noutro estado
Tive de apagar o giz do meu quadro
Sair da sola, descer do estrado
Fui direto espetar o dedo ao olho mau
Avó, perdi o medo do lobo mau
Eu vi que fui escolhido então vou ser o tal
Vais ver o meu caixão a ser portal
Vem ver-me ao cemitério da cidade branca
Mais um que deu a vida à guerra santa
Num pântano encanta-me e canta-me
A mais doce melodia

O que é que tu sentes?
Toda a hora 'tá a morder os dentes, agarra na mão
Já não sei o que é ter os pés assentes, pés assentes no chão
Tenho uma garrafa de água da nascente
Não quero bebê-la a sós
Eu quero sentar contigo na pedra quente a ver nascer do sol
Na cidade branca picos no meu Sumol
Base cor de laranja, manchas no meu lençol
Isto não é vida p'a gente
Eu quero ser tipo um cavalo a olhar em frente
Só p'a ter razões p'a rir pus um brilhante no meu dente
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