[Bronx] Me sinto frio, vazio igual rua no inverno Falar de amor só
me fez me aproximar do inferno Lotado igual bares, cês preferem pares Tão
focando Paris, eu prefiro lares em hectares, eu... Nem sei se faço parte da
massa crente ou ateu Na atualidade sou eu por eu, me sinto breu, me sinto
seu pecado mais recente Sou afegão com mil balas no pente no estilo pátria
amada o que vai ser daqui pra frente? Terra que ninguém ama só deita a
cama, só deita e trama só deita e transa, sexo frágil Não há fragilidade
quando se sabe ser ágil eu e meus presságio , fajuto, gratuito Momento
mágico, nunca fui plágio Andei na corda bamba sem pagar pedágio Me sinto
bruto, não, não me encaixo Não me rebaixo, me sinto fruto, me sinto
plástico Tudo me plastificou, trágico, e eu nem tô sendo sarcástico Eu
quero um gasto, uma poltrona e um pasto Eu quero um din e um fardo, maldita
luz do parto, me sinto farto, sempre de luto, to puto, quadrado sempre
jogado na porra do meu quarto... [Anderson] E é culpa da insônia que me fez
insano, eu e o meu caos cotidiano atrás de algum sopro de vida prazos
mentais me apressam, o tempo vai passando a morte me cobrando um disco e eu
procurando uma saída e minha mania de pensar demais, sentir demais é o que
tentava manter minha infância viva e vai ver eu que fui ausente, não meus
pais mas não há relação que sobreviva a toda essa ausência de paz eu tenho
falado bem menos, escrito bem mais desajustado, desse lado tentando por em
questão quantos são, de onde vem, pr'onde vão, por que tem? quem fabrica
valores nem pediu minha opinião me fiz cético, ou o mundo fez meu sarcasmo
como se o médico e o monstro não fossem o mesmo e eu já nem sem mais se a
sanidade aqui é bem vinda linda, aproveita que eu não enlouqueci