Tava tirando uma pestana
Sonhando com nós, a sós
Longe de responsas cotidianas
Travessias nessa corda bamba
Foda é quando nossos sonhos camba
Se é rarefeito então subverto como um sopro
Do teu raro efeito
Brisa levemente cruviana
Hoje a cama ficou à paisana
Clamando por nossas transas
O mood é caetanear-se
Saudade de me extasiar de você
Em alguma na cabana, quem sabe
Onde nosso amor nem cabe
Transborda, nos banha
Com essa sincronia que emana
Onde as redes não alcançam
São nossos corpos que balançam
Mais que safira seus olhos brilham
Com minha peita laranja cê desfila
No canto da orelha um girassol
Teu sorriso ofusca o pôr do sol
Tudo eternizado em um singelo clique
Onde eu clico pra que o tempo volte?

Meu bem, se é nítido permita-se entregar
Não vamos (não)
Deixar dissipar toda imensidão que há
Não solta minha mão

Queria poder voltar no tempo,
Para consertar onde eu errei
E só por um momento, pausar o tempo
Eternizar onde acertei
Mas o que foi certo ou foi errado?
Talvez eu me culpe de mais
Se tinha que ser eu não sei ao certo
O certo é que o tempo não volta atrás
Viver o hoje o amanhã é incerto,
O eterno não vai existir
Eterno mesmo só os meus versos,
Que mesmo errando, escrevi pra ti

Pra ti dizer

Que dificilmente irei esquecer
Que facilmente lembrarei
Que antigamente era eu e você
Hoje em dia sou eu ninguém
Mas pensando bem
Até foi pro meu bem
Ser o seu bem
Já não me fazia bem
Aquele som do Péricles
Toca e ainda dói
Mano como pode
Será que dedicou pra nos

Até que durou
Hoje sigo firmão
O tempo só me provou
Que na vida nada é em vão, não
O tempo só me provou
O tempo só me provou
Que na vida nada é em vão

Cada passo que dou
Me remete a você
Não podemos ficar
A mercê de um talvez
Merecemos bem mais
Por isso insisto
Cada passo que dou
Me remete a você
Não podemos ficar
A mercê de um talvez
Merecemos bem mais
Eu acredito