Reza a lenda
Escrituras sagradas
decifradas, gravadas
Literatura de rua
Pelas vilas da sul
Não é konoha
Os cop subiram afu
Se esconda ou corra
Respira, puxa e solta o ar
Aprecie o perfume das flores
Olhares inocentes irrigadores
A fé nos estudantes, polinizadores
Escola precária
Livraria afastada das áreas
Como é faz?
Livros sem memória
Nos riscaram da história
Em porongos jaz!
Sangue escorrido
Jamais esquecido
Serro o punho, erguido
O caminho, Bushido
Rima afiada
Em tempos de cantos sem fio
Tipo katana, ataca
Cortando o vento, hoje faz frio

Daqui já posso ver o Monte Fuji
O horizonte que persigo dentro do meu hoodie
Mas a distância é rude, tensa jornada
Depois da curva vejo duas Duster da Brigada
O que vem depois da guerra é o tudo ou nada
Vida ou morte, 100% foco, saco a adaga
Na encosta vejo vários como eu, sangue na cara
Órfãos da batalha de Sekigahara
São novos tempos para as minas e os manos
Em Porto Alegre, Maputo, Osaka
E eu tento me sentir em casa nesse outro plano
Seguir o mesmo plano em uma nova casa
Daqui já vejo o Monte Fuji, me sento em zazen
A mente flat tipo açude, pura
Fiz o que pude sem fugir e agora tô bem
Apreciando as flores da sakura