Até porque eu já faço merda até quando eu tô sóbrio
Eu não sei o que eu sou
Se sou agnóstico
Se a vida tem um propósito ou se é só um jogo
Eu espero saber disso pra não ter sufoco
Eu acordo de manhã,
Vou pro trabalho
Não é nem de manhã
Nunca saio quando tá claro
E eu não posso cuspir no mesmo prato
Vejo da janela e da porta o quanto eu sou
grato
E até penso as vezes se eu devo parar
Parar de correr em ciclos no mesmo lugar
Nunca que eu vou querer ver alguém se
machucar
Mas entre eles e eu, eu escolhi ficar
Vou botar um lenço na minha cara
Trocar de endereço e a minha casa
Meu desejo hoje não é a NASA Mas se a missão não for boa, fracassa
Meu sonho era fazer música, eu botei a cara só pra isso
Pergunta se eu fiz enem, eu não quero saber disso
Imagina quantos nãos eu tive que ouvir
Um mano que fuma maconha todo dia e
Uma pá de gente merda encontrei no caminho
Pra desdenhar do seu corre, isso é facinho
Não é fácil quanto pedir uma pizza na fascino
Hoje eu tô aqui embaixo, amanhã lá em cima
Já se passaram cinco anos e duas tentativas
Meu melhor amigo disse que essa é a fita
Meu melhor amigo disse pra esquecer as brigas
Muda teu vulgo, teu arroba e só reinicia
Você é chato insuportável, nunca ouve e só fala
Talvez não seja um secundário, eu não nasci pro tempo
Eu já fui, já voltei e continuo o mesmo
Não é sobre passar pano, é sobre respeito
Eu me sinto desgastado de tanto apostar
Contatos que eu tinha no meu celular
Eu nunca precisei de ter vocês lá
Então hoje é fácil cê's me odiar
Me matando aos poucos pelo coletivo
Pra vocês eu sempre fui um mau caminho
Então me diz agora enquanto quieto
Tende a me irritar, o seu retrocesso
Eu não vou ligar se tu for sincero
Não dá pra tatuar momentos, mas sim vivê-los
Se a gente repara, somos tão tensos e intensos
Quanto aqueles que nos tacaram desprezo