Entre bula e bíblia
Mandatos e tratos e pouca vida
Ferida crua, luz calma e sua
Que perpetua alma querida
Não vá embora
Lá fora chove
E o que me move
Ambiguidade não tá perdida
Amor e morte, não é pura sorte
Tô num resort de cafeína
Um super shock, adrenalina
O carro forte de gasolina
Divina comedia é ver minha tragédia na passarela, Imagina!
Doses de insulina
Doces tão amargos
Festa de criança
E o papel picado
Picareta rindo
Desse insucesso
Planejando a ordem
Do nosso regresso
Dinheiro no bolso
É tudo que eu peço
O resto é conquista
Dos nossos netos
E o que tá perto e ainda não é seu
Não inveja não, deus guardou o seu
Valoriza aquilo que só é seu
Só é seu, só é seu
Valoriza aquilo que só é seu
Só é seu, só é seu

Eu!
Tô vivendo duas vidas
Tudo na mesma família
Amor e morte que simpatizam
Amam o beat, matam a rima
Tô vivendo duas vidas
Tudo na mesma família
Amor e morte que simpatizam
Amam o beat, matam a rima

Dá esse roteiro para Tarantino
Um devaneio nesse desatino
Joga o dado que vida é cassino
Belchior para um rapaz latino
Talvez um parônimo, nessa semiótica
Qual seria o demônio? Nessa cena erótica
Não sei mais quem sou, em qual desses eu vivo
Não sei onde vou, em qual desses me abrigo
Não sei mais quem sou, em qual desses eu vivo
Não sei onde vou, em qual desses me abrigo

Tô vivendo duas vidas
Tudo na mesma família
Amor e morte que simpatizam
Amam o beat, matam a rima
Tô vivendo duas vidas
Tudo na mesma família
Amor e morte que simpatizam
Amam o beat, matam a rima