Paris, século 15
Onde aparências enganam
Bares, século 20
Onde aparências te chamam
Vejo pares que somente fingem mas dizem ao mundo que muito se amam
Digo: Pare de ser tudo aquilo que a sociedade vem moldando há anos

Gárgulas, protegendo o ambiente barroco
Grito quando canto, por isso me sinto rouco
Sino em todo canto, por isso me sinto louco
Vim de outro plano, isso pra mim
é “muito pouco”

Quasímodo,
Eu cresci cercado de sinos e velas,
São centenas delas e vi que isso
Quase mudou
Ao ver além da janela e não encontrar as celas que me prendiam nas
Fases sem cor
Preservarei minha ideias,
Mas não viverei preso nelas
Pois, eu sou bem mais
Que isso tudo
Não somente mais disso tudo

Não somente mais disso tudo
Sempre gostei de estudo,
Acho que isso diz tudo
Cheguei aqui na raça e sei que isso diz muito
Meus flows, minhas ideias, sou eu quem misturo.

Mas eu sei que não seria assim tão fácil
Pois se fosse fácil, aqui eu não estava
Mesmo me sentindo quase sempre instável
Como aceitar alguém inaceitável?

Sou desse jeito desde menino
Conversar com sinos se tornou minha sina
Onde Frolo’s se enganam,
Somente as ciganas
Conseguiram entender todas minhas linhas

Sua quiromancia fez-me sentir vivo
E a partir disso encontrei motivos
Para odiar joias
E amar Esmeralda
Por ter me mostrado o verdadeiro brilho.

Eu nasci muito distante deles
Mas eu cresci querendo ser como eles
Me orgulho de não fazer parte deles
Isso me fez mal, tipo constantes vezes
Eu contava horas, dias, anos, meses
Orava por horas, dias, anos, meses
Para ter a chance de mostrar aos mundos,
Tudo aquilo que aprendi estando nesse.

Quasímodo,
eu cresci cercado de sinos e velas,
são centenas delas e vi que isso
Quase mudou
Ao ver além da janela e não encontrar as celas que me prendiam nas
Fases sem cor
Preservarei minha ideias,
Mas não viverei preso nelas
pois eu sou bem mais
que isso tudo
Não somente mais disso tudo